segunda-feira, 26 de março de 2012

A Caminho dos Céus - Paulo Miranda Sarmento

Paulo Miranda Sarmento (paulomsarmento4@gmail.com)


cidade: João Pessoa
estado: PB
idade: De 81 a 90 anos
sexo: masculino
categoria: MENSAGENS

 A Caminho dos Céus

 Deixe seus pensamentos tomarem conta de seu ego e vá caminhando em direção ao infinito, à procura de uma amplidão, que lhe dê a certeza de estar evoluindo para um estado volátil. Desapegue-se das cousas materiais, a fim de libertar-se do peso de seu corpo, deixando-o descansar, enquanto a sua mente se entrega a devaneios, para que o conduza à longa vereda. Concentre-se em um ponto celestial ao encontro de Deus, fazendo-se merecedor de Sua atenção. Seja um artífice do Senhor, dando a suas obras o valor que você almeja, de forma que se sinta feliz por esse momento importante, que lhe permitirá colocar a sua alma no espaço, entre os que desejam a paz duradoura. Consciência límpida, despida de preconceitos, tolerando as injustiças e libertando-se de pensamentos negativos. No incomensurável éter, vá visitando as estrelas cintilantes, aproximando-se de galáxias distantes, procurando formar as ideias mais agradáveis que se possa ter. Esqueça-se do tempo, pois apenas ele existe no mundo dos mortais. Creia firmemente no Todo Poderoso, que vive em todas as moradas, em razão de Sua onipresença, testando e preparando os melhores para as grandes e novas jornadas. Libertando-se do que é fraco, você deverá caminhar entre as névoas, apurando-se para tanto, até i r atingindo a sua perfeição; cursando a alta academia dos que não sentem mais as agressões provocadas pela reunião de sentimentos inferiores. Mantenha-se no degrau que conquistou, não cedendo à troca de cousa alguma, o que obteve através de seus sofrimentos físicos ou angústias morais. Conserve esse galardão, que lhe permitirá o ingresso pela grande porta, que se abre unicamente para os iniciados. Aguarde a sua vez para a chamada, ocasião em que os anjos lhe acenarão e dar-lhe-ão a merecida autorização para segui-los.

Um comentário:

  1. Decadentes devaneios.

    Canta, canta uirapuru.
    Desperte com seu cantar, um país jovem varonil.
    Que crê na ordem e progresso, e tem o nome de Brasil.
    Nascer, crescer, semear fraternidade, paz e amor.
    Todo dia, é dia de ser feliz, amem...

    Uma infância inocente, um coração pulsando forte.
    Entre sonhos e devaneios, festas e fantasias.
    O uirapuru nos alegrava, com os gorjeios do seu cantar.
    E no riacho cristalino, fazíamos festas a nadar.

    Mas nossos antepassados acreditaram em acordos, para nossa conveniência.
    Não se falava em maldade, e o bem era definido.
    Criamos um elo e manietemos a nós mesmos.
    Ao nos vermos subjugados, aceitamos tais imposições.
    Muitos tentaram quebrar estes elos.
    Buscavam liberdade e independência.

    E mesmo num clima conturbado.
    O uirapuru cantava triste e distante.
    Mas o riacho ainda era cristalino, transparente e borbulhante.
    Impossibilitados de preservá-lo, como parte da natureza.
    Alguns Chicos sucumbiram, pagando altos preços.
    Outros Mendes, cheios de fé e esperanças, logo as perderam.
    Caminhos violentos e tortuosos dobraram suas vontades.

    E o uirapuru já não existe. Ou se existe está sumido.
    E os riachos cristalinos, tornaram-se córregos poluídos.

    Tiranos que se impuseram, através de suas fórmulas.
    Mais tarde também serão, vítimas do que semeiam.
    Em suas sementes contêm, ambição ao poder.
    Intenção de possuir, se apossar e escravizar.
    Tanta voracidade...! Por pura vaidade! Que pena...! Tudo ilusão!
    Como crianças gananciosas, se tornaram insaciáveis.
    E mesmo com a boca cheia, e as mãos abarrotadas das melhores porções.
    Ainda têm olhos compridos, nas migalhas dos semelhantes.
    É humilhante, e me revolta. O tempo passa indiferente...

    Crianças se tornam adultas, em meio à violência.
    Esperam a qualquer momento, que marginaizinhos.
    Criados pelo sistema, lhes de um tiro... Melhor assim.
    A conviver com a fobia, de se tornarem velhos e decrépitos solitários.
    Abandonados no mundo, sem amor, sem esperanças e sem fé no futuro.
    Os que acreditaram, estão tendo decepções.
    O sistema castrou seus sonhos, e a muitos assassinou.

    E do uirapuru, já não se ouve mais o cantar.
    E no riacho cristalino, não é possível mais nadar.

    Mas surgem novas vidas.
    E as esperanças se renovam, em corações puros e inocentes.

    Mas o cantar do uirapuru, eles não mais ouvirão.
    Nem poderão dar um mergulho, no poluído ribeirão.

    Cabia a nós. Chinfrins pentacampeões do mundo.
    Por questões de ética e justiça.
    Discordar da política do pão e circo.
    E entregar aos nossos descendentes, tudo o que herdamos.
    Senão melhor, nas mesmas condições que encontramos.

    Eu tenho pátria, e a pátria é mãe de um povo.
    Mas tem filhos que são da pátria.
    E tem filhos que são da P...
    Confundindo patriotas com idiotas.

    O desabafo acalenta e acalma as aflições da dor doida que dói na alma.

    A mente contaminada pela ilusão material, é um solo fértil, onde germina a semente do engodo, da ganância e injustiça; que são os alicerces de destruição da humanidade.

    Autor independente: janciron@hotmail.com
    Janciron

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