sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Antonio Carlos Ramos (a.carlos.ramos2011@bol.com.br)

cidade: Jacarezinho
estado: PR
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: POESIAS

Mangueira Velha


Mangueira Velha
Eu e ela sempre estivemos aqui
Os seus frutos com ela eu colhi
Provando o sabor do seu néctar
Debaixo de sua sombra
O beijo dela eu também pude provar
Ate um balanço eu fiz pra ela
Daqui muitas vezes
Vimos findar uma tarde tão bela
O sol se despedia de nós
Enquanto eu estava nos braços dela

Mangueira velha, Mangueira Velha.
Um dia ela foi embora
E aqui nunca mais apareceu
O tempo passou e você envelheceu
Isso também comigo aconteceu 
Sei que sempre viveu sozinha
Um amor na sua vida não tinha
Para como eu poder recordar
Sei que dela não se esqueceu
E ainda continua dando flores
Na esperança de que ela volte 
Para colher o fruto seu
Sei que isso e pura fantasia
Ela partiu e desde aquele dia
Para sempre ela nos esqueceu.


Jac 27 de julho de 2016

a.carlos.ramos2011@bol.com.br

DIA DOS AVÓS

MARIA AMELIA LEAL (amelia.leal@aasp.org.br)

cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 71 a 80 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS



DIA DOS AVÓS

Cheirinho aconchegante
De liberdade constante,
A casa sempre aberta
A alegria que desperta!

Avós que substituem
O s pais trabalhando
Com atenção influem
Pessoas se formando!

Aquele abraço amigo
No neto como abrigo
É o doce preparado
Para o neto amado!

É a alegria da neta
O sorriso desperta
Do neto, progresso
Para avós: sucesso!

Avós, portos seguros
Socorrendo nos apuros
Recebam de todos netos
Seus abraços e afetos!

(Maria Amélia Leal)
Dia 26.07 -
Dia dos Avós

ALTERNATIVAS

MARIA AMELIA LEAL (melia.leal@aasp.org.br)

cidade: São Paulo
estado: 0
idade: De 71 a 80 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS

ALTERNATIVAS

Buscar nas asas da poesia
O riso perdido da alegria
O som do mar, da maresia,
Soprar do vento, nostalgia!

Olhar pássa ros, voar
Liberdade de rir, subir
Descer, ficar e partir!
Falar, andar, parar,ir...

A mergulhar no tempo
Nos folguedos criança
Na juventude, alento
No adulto, esperança!

Idosos, sentimentos
De cultivar momentos,
Com vida, com saúde
Vivendo em plenitude!

Dizer para tristeza
De férias, já estou
Até logo realeza,
Licença, já me vou!

(Maria Amélia Leal)

Lírios Do Campo

Antonio Carlos Ramos (a.carlos.ramos2011@bol.com.br)

cidade: Jacarezinho
estado: PR
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: ESTÓRIAS

Lírios Do Campo


Eu embalava no sono
Quando o Senhor me chamou
Ele olhando nos meus olhos Falou
Filho vem comigo vo u lhe mostrar
Um lindo cenário você vai ver
Sei que jamais vai esquecer

Há lindo lugar ele me levou
E um jardim colorido ele me mostrou
Os perfumes das flores exalava no ar
Eram tão lindas nunca vi nada igual
Disse o Senhor olhai, são lírios do campo.
Que esta a contemplar
Um dia eles aparecem
E sozinho também eles crescem
Mostrando sua infinita beleza
Eles são a maior riqueza
Que existe sobre essa terra
Um dia eles morrem e volta a renascer
Mas nunca deixei de olhar para eles
Mas ouça o que vou lhe dizer
Nem Salomão com toda riqueza que eu dei
Nenhum um dia se vestiu como um deles.
Mas ouça o que vou lhe dizer
Nem Salomão com toda riqueza que eu dei
Nenhum um dia se vestiu como um deles.

JAC 03/11/2016
a.carlos.ramos2011@bol.com.br

Um Amor Para Sempre

Antonio Carlos Ramos ( a.carlos.ramos2011@bol.com.br)

cidade: Jacarezinho
estado: PR
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: POESIAS

 Um Amor Para Sempre

Sentado na minha varanda
Recordo quando nós nos conhecemos
Um dia junto aos pés do altar
Um jur amento nós dois fizemos
De um amor para toda vida
E junto nos envelhecermos
Hoje eu olho para trás
E vejo o caminho que nós percorremos

Seus cabelos estão grisalhos
Brancos estão os cabelos meus
Junto percorremos a longa estrada da vida
Quase ao final dela chegamos você e eu
Estamos prestes a cumprir
A missão que aqui Deus nos deu.

Sei que um dia haverá uma partida
Ela vai ser bastante doida
Para quem aqui ficar
De uma coisa eu sei querida
Que numa outra vida
Um dia vamos nos encontrar
Uma linda historia eu quero escrever
Porque novamente ao seu lado
Para sempre irei viver.

Seus cabelos estão grisalhos
Brancos estão os cabelos meus
Junto percorremos a longa estrada vida
Quase ao final dela chegamos você e eu
Estamos prestes a cumprir
A missão que aqui Deus nos deu.

ELE NOS ENGANA

Rubens Moraes Lace ( rubenslace@hotmail.com)

cidade: Campinas
estado: SP
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: Ele nos engana

ELE NOS ENGANA
"Antes, a questão era descobrir se a vida precisava ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evi dente que ela será vivida melhor se não tiver significado".
Albert Camus
O mundo é dos jovens. É pessimismo afirmar isso? Então sou pessimista. Mas quais propagandas que vemos a mídia fazer para os de mais idade? O azulzinho, o alimento estimulante, as vitaminas, a clínica para impotência. Pois é. 
Para os jovens, esportes radicais, a asa delta, o rapel (?), a canoagem em corredeiras, a roupa descolada.
Tudo bem. O marketing deve procurar os nichos onde o lucro é maior. Nós estamos na melhor idade (melhor?), na terceira idade, idosos, com vagas especiais nos estacionamentos, lugares garantidos no transporte (você não fica, assim, como direi, meio incomodado quando um jovem ou uma jovem levanta-se para dar lugar para você)?. O cara que deve ter sua idade ou mais o chama de senhor. Ele parece mais velho do que você, porque o senhor?
Mas o pior mesmo é ser enganado. E diariamente. Quem faz isso com um SENHOR de cabelos grisalhos, músculos enrijecidos e caminhar m eio vacilante? O seu cérebro. É o único órgão do corpo humano que se recusa a envelhecer. Ele coloca você em situações, no mínimo, engraçadas. Você se abaixa para apanhar algo. Fácil. É, quando levanta você tem de se esforçar, pois os joelhos doem. Se fizer um movimento brusco às costas doem. Tem sorte se um dos músculos não enrijece deixando você com os movimentos limitados e dor por vários dias. E as visitas aos médicos se tornam uma constante. E, dependendo do sintoma, você vai à consulta se preparando para o pior.
Usou óculos a vida inteira. Mas só agora percebe que os óculos não estão resolvendo. Você está com catarata. Uma cirurgia simples. Mas você vai temeroso de ficar cego. Aquela dorzinha no joelho que a vinte ou mais anos atrás você conseguiu jogando bola. O médico disse, na ocasião, "você vai continuar jogando bola? Se for é melhor operar". Mas você não quer operar, então fala para o médico, "não vou mais jogar". E pendura a chuteira. Mas só. Porque o joelho v ai incomodá-lo a vida inteira, e quando a idade chega você não confia mais naquela perna. 
TV, sem legenda só aumentando o volume. Coitado das outras pessoas que moram na casa. Mas os filmes, estes são legendados. Mas enquanto a catarata não para de jorrar, você tem de sentar a um metro da TV. Que bom o SUS, pois agora você depende mais, vai te dar um aparelho auditivo. Aí você lembra o seu pai. Quando ele ia comer o aparelho apitava. "Pai, o senhor está apitando", e ele desligava. Mas aí não ouvia mais as conversas á mesa. E do irmão, que reclamou que quando usa sua voz e a dos outros fica metalizada. Como a voz dos robôs dos filmes. Mas pelo menos você escuta. 
E as coisas vão se sucedendo, e você tem de estar sempre pronto para lidar com a próxima dor que vier. 
Socialmente você tem de ter um grupo de velhos para socializar. Porque os jovens, "Ah, eu não vou lá à casa dos velhos, pois eles só falam das doenças". E te esquecem. 
E vem o pensamento de todas as c oisas que você não pode mais. Porque eu não insisti nas aulas de piano ou de violão? Saberia se distrair com uma música. Poderia tentar aprender agora. Mas a artrite não deixa mais usar os dedos agilmente. 
E os esportes. Porque não tentou praticar pelo menos um durante sua juventude? Não era bom no futebol? Praticasse vôlei ou polo aquático, ou o que seja. Nos estudos você fica bobo com todas as opções que são dadas aos que estão desejando entrar numa faculdade. No seu tempo havia só as profissões básicas. Economia, administração, medicina com algumas especialidades, línguas e mais umas duas ou três. Antes se deixava de fazer um curso superior por dois motivos: um por não se identificar com nenhuma das opções oferecidas. Outra, o curso normal já deixava você ter muitas possibilidades de trabalho. Hoje o cara se forma na faculdade ainda tem de ter doutorado, bacharelato, experiência no exterior, falar uma ou mais línguas. 
E não vou falar sobre computação. Você consegu e usar um computador. Mas o básico. Não tente falar a linguagem atual, pois vai se confundir todo. Celular? Muito menos. Aquelas teclas pequenas, o toque no visor que o manda para todos os lados no programa, sem você saber voltar. E um menino com seis anos te ensina como fazer determina tarefa. 
Nesta longa jornada, que para você passou voando, testemunhou o progresso de tudo. TV? Você foi conhecer uma TV quando tinha doze anos de idade. Preta e branca. Telefone? Você tinha de comprar e esperar três o quatro anos. E só fixo. 
Carros, aviões, refrigerantes (você lembra-se do crush, coca-cola e guaraná). Doces. Conservação da comida. Não era todo mundo que tinha geladeira. Lavar roupa. Só o tanque. O homem na lua, inimaginável. Enfim, são cinco, seis décadas atrás. Os meninos e meninas podiam trabalhar logo que iniciavam a adolescência. Uns tapas eram muito bem-vindos. Não pela garotada, mas pelos pais. Educavam mesmo. E ninguém ficou traumatizado por isso. O respeito fa zia que só um olhar já se obedecesse. Com estranhos era senhor e senhora, mesmo que fossem jovens com mais idade. Respeitavam-se os professores. Nem sonhávamos em ficar de castigo na aula. Ser suspenso por três dias. A bronca dos pais era terrível. 
Enfim era outro mundo. Que estes jovens de hoje nem podem imaginar. A inflação chegando a 80% ao mês. Os produtos tendo seus preços aumentados da manhã para a tarde. O salário que tinha o reajuste todos os meses para acompanhar a inflação. A política. Os alfinetes com a cara do candidato. As músicas das campanhas. Totalmente diferente de hoje. O povo tinha realmente o candidato que achava que seria bom. E era. 
E incrível. Ele, o cérebro, continua te mandando mensagens para mil coisas, que o resto do corpo não obedece. Ela, a terceira idade chegou pra você. E um a um dos amigos ou conhecidos, vão dando, definitivamente, o lugar para os jovens. E você tem de se acostumar com a ideia de não mais fazer planos em longo prazo. P ois o fim deve estar, pela lógica, a médio ou curto prazo. 
E você mergulha nos pensamentos de sua juventude e em sonhos do que deixou de fazer. 

Pela Janela

rosangela de noronha (ronoronha55@gmail.com)

cidade: sorocaba
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS

Pela Janela

 Foi pela janela que eu disse um adeus doído...
Foi na janela que meu filho chorou...
Acenando a sua mãozinha a um " até breve" papai querido...
Foi nesta janela de paisagem linda ! bela
Coqueiros e margaridas 
Deixou para mim de ser tão bela e florida ...
Foi pela janela seguindo teus passos 
No desaparecimento
Que revivi nosso amor em poucos momentos
Foi nesta janela que apertando nos braços 
Meu filho pequenino
Decidi buscar um novo caminho
Foi na janela enxugando nossas lágrimas 
No abandono deixamos nossas mágoas...
E hoje meu pequenino homem crescido
Fechou a janela e não mais tem se iludido.
Foi nesta janela na primavera 
Ouvimos um som " entrar por ela... dizendo...
Perdoe-me filho querido!...

Meu poeta viajante

rosangela de noronha ( ronoronha55@gmail.com)

cidade: sorocaba
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: POESIA

Meu poeta viajante

Viajante da mente 
Circula por tudo
Rico envolvente
Buscando no mundo 
Avida poetiza r
Viaja sem sair do lugar 
Seja vivo ou imaginário
Natureza ou calendário
Faz de um terço um rosário
Com céu e estrelas 
Com rios e mares
Contorna em rimas 
Em grifes suaves 
Viaja reluzente
Cria fantasia sente...
Meu poeta viajante 
Viaje em minha mente...