Muriel Elisa Távora Niess Pokk (murielpokk@hotmail.com)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: masculino
categoria: POESIAS
titulo: A dor do Amor
Conhecemos-nos numa sala de chat.
Como tantos outros casais.
Conversamos durante meses
através do messenger.
Numa tarde de sol
nos encontramos...
Finalmente,
nossas mãos se encontraram.
Ao passearmos pela praça
Eu tropecei, tu me seguraste
com teus braços fortes
e, aproveitando a ocasião,
tu me apertaste contra teu peito...
senti-me protegida.
Já num barzinho trocamos sorrisos
e confidências.
Dentro do carro demos
nosso primeiro beijo.
Durante anos fomos um par constante.
Houve tanto amor
e tanta ternura entre nós,
que achei que seríamos
"felizes para sempre".
Sem que eu soubesse porquê,
tudo se acabou...
Sem explicações saíste
da minha vida.
Quando sopra o vento forte
peço a ele que te pergunte:
Por que te foste?
Quando a ventania volta,
fico alerta,
espero tua resposta,
mas ela não vem.
Registrado em cartório
sábado, 21 de agosto de 2010
É DANDO QUE SE RECEBE! - Sebastião Antônio Baracho
Sebastião Antônio Baracho (conanbaracho@uol.com.br)
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: É DANDO QUE SE RECEBE!
texto: O Descuido e o Desinteresse têm se fecundado no meio da Sociedade hodierna, inclusive, nas famílias devidamente organizadas e, harmônicos entre os seus membros, pacíficos e respeitadores dos direitos e deveres de cada um e/ou, em conjunto.
A voragem trepidante dos momentos de labor tem aglutinado perduramente, todas as lembranças dos momentos de prazer e de lazer, bem como, dos relacionamentos familiares e, até amorosos, os deixando ao rés-do-chão dos nossos pensamentos de amizade e respeito mútuo entre nós.
Na maioria dos casos, quando nos encontramos no aconchego dos nossos lares, almejamos, tão somente, o descanso do físico, cuidando de ingerirmos bebidas alcoólicas, ver televisão, internet, futebol, jornais etc.,
Sem nos preocuparmos com os problemas dos demais ao nosso redor e/ou, pior! Sem nos interessarmos na procura de soluções de eventuais problemas Deles e, quando ficamos sabendo, simplesmente, ouvimos e comentamos, mas, não procuramos ajuda-los ou, assimilar o fato orientando para uma solução cabível!
Se, todo esse descaso, acontece nas famílias idôneas, imaginem, ao contrário, ou seja:
Problemas e, mais problemas, acontecendo em famílias desunidas e ignóbeis, por culpa dos seus componentes, pois, nenhuma Criança nasce má, o que as transforma em ruins, são os próprios seres débeis e imorais que a circundeia lhes dando o mau exemplo de vivência.
Se, os Seres Humanos, não encontrarem momentos diários para a convivência pacífica com os seus, os ajudando e, orientando o bom proceder, dentro de pouco tempo, seremos piores do que os selvagens sem didática e/ou, iguais aos marginais malfeitores, pois, o Mal é tentador e, mais fácil de ser copiado do que o Bem e seus deveres!
Falar é fácil, até os irracionais o faz, vou tentar Dizer dando exemplos que aprendi e, apreendi com os meus genitores, na minha infância na saudosa Diamantina, minha terra e dos meus pais, a saber:
> "Diga-me com quem andas que eu direi quem tu és!" Dessa forma, escolha para você e, os seus dependentes, amizades dignas, pois, os maléficos nada têm a os ensinar!
> "O alheio chora o dono!" assim, não fique com o que não é seu de direito, retendo-o, acabarás, no futuro, perdendo muito mais do que acolhestes.
> "Antes pau curto do que mãos vazias!" Se não conseguires a fortuna material, se contente com o que tens, sem ambição desmerecida.
> "Amigos não se perdem!" Caso estejas em dificuldades de amizades, não se preocupe, continue sendo leal e honesto, pois, os que eram seus amigos e, se afastaram de você, sem motivo justo é, por que, não eram seus amigos e, sim, interessados em algo seu!
> "Ninguém dá nada a alguém desinteressado de retorno!" Se você não merecer o recebimento do que lhe é ofertado como benesse, não o receba, pois, futuramente, terá que devolver com juros exorbitantes!
Vou parar por aqui, o assunto é vasto e, a passarela de papéis carentes para conte-lo, todavia, resumidamente, devo dizer-lhes o seguinte:
Cuidem com carinho dos seus filhos e dependentes, mesmo que não seja retribuído em afetos e considerações, pois:
Eles serão o futuro da humanidade, atualmente, à beira do caos! Só os bons exemplos e conselhos poderão modificá-los para o Bem deles e, de todos nós!
É o que penso e, procuro seguir!
A seguir, uma poesia minha e, inédita:
CAMINHOS PARALELOS
Nossos caminhos não cruzam
Por serem muito diferentes,
Enquanto sigo às estrelas
Tu?...Acompanhas o tridente!
Piso em espinhos,
Sofro estertores,
Sou carente de mimos
Vivo com poucos amores.
Tu pisas em rosa,
Dores? Tu não tens,
Carinhos te sobram,
Amores?...Também!
Minha vida é vida!
A tua é prazer!
A dor me anima,
A ti... Faz sofrer!
Os prazeres terrenos,
Acalanto de infelizes,
São cantos de meretrizes
Que te fazem... Acenos!
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: É DANDO QUE SE RECEBE!
texto: O Descuido e o Desinteresse têm se fecundado no meio da Sociedade hodierna, inclusive, nas famílias devidamente organizadas e, harmônicos entre os seus membros, pacíficos e respeitadores dos direitos e deveres de cada um e/ou, em conjunto.
A voragem trepidante dos momentos de labor tem aglutinado perduramente, todas as lembranças dos momentos de prazer e de lazer, bem como, dos relacionamentos familiares e, até amorosos, os deixando ao rés-do-chão dos nossos pensamentos de amizade e respeito mútuo entre nós.
Na maioria dos casos, quando nos encontramos no aconchego dos nossos lares, almejamos, tão somente, o descanso do físico, cuidando de ingerirmos bebidas alcoólicas, ver televisão, internet, futebol, jornais etc.,
Sem nos preocuparmos com os problemas dos demais ao nosso redor e/ou, pior! Sem nos interessarmos na procura de soluções de eventuais problemas Deles e, quando ficamos sabendo, simplesmente, ouvimos e comentamos, mas, não procuramos ajuda-los ou, assimilar o fato orientando para uma solução cabível!
Se, todo esse descaso, acontece nas famílias idôneas, imaginem, ao contrário, ou seja:
Problemas e, mais problemas, acontecendo em famílias desunidas e ignóbeis, por culpa dos seus componentes, pois, nenhuma Criança nasce má, o que as transforma em ruins, são os próprios seres débeis e imorais que a circundeia lhes dando o mau exemplo de vivência.
Se, os Seres Humanos, não encontrarem momentos diários para a convivência pacífica com os seus, os ajudando e, orientando o bom proceder, dentro de pouco tempo, seremos piores do que os selvagens sem didática e/ou, iguais aos marginais malfeitores, pois, o Mal é tentador e, mais fácil de ser copiado do que o Bem e seus deveres!
Falar é fácil, até os irracionais o faz, vou tentar Dizer dando exemplos que aprendi e, apreendi com os meus genitores, na minha infância na saudosa Diamantina, minha terra e dos meus pais, a saber:
> "Diga-me com quem andas que eu direi quem tu és!" Dessa forma, escolha para você e, os seus dependentes, amizades dignas, pois, os maléficos nada têm a os ensinar!
> "O alheio chora o dono!" assim, não fique com o que não é seu de direito, retendo-o, acabarás, no futuro, perdendo muito mais do que acolhestes.
> "Antes pau curto do que mãos vazias!" Se não conseguires a fortuna material, se contente com o que tens, sem ambição desmerecida.
> "Amigos não se perdem!" Caso estejas em dificuldades de amizades, não se preocupe, continue sendo leal e honesto, pois, os que eram seus amigos e, se afastaram de você, sem motivo justo é, por que, não eram seus amigos e, sim, interessados em algo seu!
> "Ninguém dá nada a alguém desinteressado de retorno!" Se você não merecer o recebimento do que lhe é ofertado como benesse, não o receba, pois, futuramente, terá que devolver com juros exorbitantes!
Vou parar por aqui, o assunto é vasto e, a passarela de papéis carentes para conte-lo, todavia, resumidamente, devo dizer-lhes o seguinte:
Cuidem com carinho dos seus filhos e dependentes, mesmo que não seja retribuído em afetos e considerações, pois:
Eles serão o futuro da humanidade, atualmente, à beira do caos! Só os bons exemplos e conselhos poderão modificá-los para o Bem deles e, de todos nós!
É o que penso e, procuro seguir!
A seguir, uma poesia minha e, inédita:
CAMINHOS PARALELOS
Nossos caminhos não cruzam
Por serem muito diferentes,
Enquanto sigo às estrelas
Tu?...Acompanhas o tridente!
Piso em espinhos,
Sofro estertores,
Sou carente de mimos
Vivo com poucos amores.
Tu pisas em rosa,
Dores? Tu não tens,
Carinhos te sobram,
Amores?...Também!
Minha vida é vida!
A tua é prazer!
A dor me anima,
A ti... Faz sofrer!
Os prazeres terrenos,
Acalanto de infelizes,
São cantos de meretrizes
Que te fazem... Acenos!
FELIZ DIAS DOS PAIS - Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Muriel Elisa Távora Niess Pokk (mpokk@hotmail.com)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
titulo: FELIZ DIAS DOS PAIS
texto: Dia dos pais
Passado tanto tempo da minha infância, hoje, após ver tantos pais que existem por aí, lhe dou parabéns pelo grande pai que você foi.
Você conseguiu ser: Rígido... ainda lembro das cintadas recebidas; Carinho, sinto ainda seus beijos de boa noite; Amigo, conversávamos sobre qualquer assunto;
Companheiro, e que grande companheiro, quantos balões e pipas soltamos juntos.
Quantas e quantas vezes fizemos juntos cabaninhas no quintal.
Lembro daquela noite quente, que sem dar atenção aos protestos de mamãe,
você resolveu atender ao nosso pedido e acampamos novamente no nosso pequeno quintal.
Os cobertores estendidos sobre o varal, presos com os pregadores, formavam
uma cabana desengonçadas, mas confortável. Com grande algazarra, arrastamos os colchões e os arrumamos, ali no chão lado a lado.
Ainda o vejo deitando-se pertinho de mim.
Mesmo não havendo perigo algum, você não nos deixaria dormir ali sozinhos.
Lembro-me que de madrugada, um temporal desabou...
Molhados, mas rindo muito, recolhemos tudo às pressas.
Depois, fiquei ali olhando e ouvindo a bronca que mamãe lhe dava. Deu-me vontade
de ir ao seu encontro e o abraçar, mas fiquei ali parada, pensando: Ela não consegue compreender que ele só esta nos ajudando a realizar sonhos, porque sabe que no futuro, não poderá mais fazer isso.
Seus vícios eram fumar, ser honesto. E seu vício maior era trabalhar e trabalhar muito, trabalhar tanto, que chegou a ter na mesma época, três empregos.
Durante o dia trabalhava no comércio, à noite dava aula de inglês e nos finais de semana, lavava e consertava tapetes importados.
Você só não queria que faltasse nada dentro de casa, queria dar de tudo para seus 6 filhos.
Um dia você adoeceu.
Era noite de Natal, cansado da Terra, você resolveu ir para o céu, foi empinar pipa com o menino Jesus.
Tenho muito orgulho de você pai.
Onde quer que esteja, FELIZ DIA DOS PAIS.
Este texto é dirigido ao meu pai Gustavo Pedro Niess
Registrado em cartório
13.08.2006
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
titulo: FELIZ DIAS DOS PAIS
texto: Dia dos pais
Passado tanto tempo da minha infância, hoje, após ver tantos pais que existem por aí, lhe dou parabéns pelo grande pai que você foi.
Você conseguiu ser: Rígido... ainda lembro das cintadas recebidas; Carinho, sinto ainda seus beijos de boa noite; Amigo, conversávamos sobre qualquer assunto;
Companheiro, e que grande companheiro, quantos balões e pipas soltamos juntos.
Quantas e quantas vezes fizemos juntos cabaninhas no quintal.
Lembro daquela noite quente, que sem dar atenção aos protestos de mamãe,
você resolveu atender ao nosso pedido e acampamos novamente no nosso pequeno quintal.
Os cobertores estendidos sobre o varal, presos com os pregadores, formavam
uma cabana desengonçadas, mas confortável. Com grande algazarra, arrastamos os colchões e os arrumamos, ali no chão lado a lado.
Ainda o vejo deitando-se pertinho de mim.
Mesmo não havendo perigo algum, você não nos deixaria dormir ali sozinhos.
Lembro-me que de madrugada, um temporal desabou...
Molhados, mas rindo muito, recolhemos tudo às pressas.
Depois, fiquei ali olhando e ouvindo a bronca que mamãe lhe dava. Deu-me vontade
de ir ao seu encontro e o abraçar, mas fiquei ali parada, pensando: Ela não consegue compreender que ele só esta nos ajudando a realizar sonhos, porque sabe que no futuro, não poderá mais fazer isso.
Seus vícios eram fumar, ser honesto. E seu vício maior era trabalhar e trabalhar muito, trabalhar tanto, que chegou a ter na mesma época, três empregos.
Durante o dia trabalhava no comércio, à noite dava aula de inglês e nos finais de semana, lavava e consertava tapetes importados.
Você só não queria que faltasse nada dentro de casa, queria dar de tudo para seus 6 filhos.
Um dia você adoeceu.
Era noite de Natal, cansado da Terra, você resolveu ir para o céu, foi empinar pipa com o menino Jesus.
Tenho muito orgulho de você pai.
Onde quer que esteja, FELIZ DIA DOS PAIS.
Este texto é dirigido ao meu pai Gustavo Pedro Niess
Registrado em cartório
13.08.2006
Minha mãe, minha mestra - Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Muriel Elisa Távora Niess Pokk (mpokk@hotmail.com)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
texto: Minha Mãe, minha Mestra
Minha mãe foi uma mulher que soube cuidar, aconselhar e fazer de seus filhos pessoas de bem.
Com ela aprendi a enfrentar a vida e não ter medo de nada.
No passado, por eu não gostar de estudar, mostrou-me o que é ter PERSISTÊNCIA... Arrastou-me literalmente para a escola do primeiro ao quarto ano primário.
Mostrou-me toda a intensidade de seu AMOR... obrigando-me a fazer durante anos, vários exercícios para que eu me curasse dos olhos (eu era estrábica).
Minha mãe mostrou-me o que é FÉ... Passou um dia e uma noite de joelhos ao lado da minha cama rezando para que eu não morresse.
Ela ensinou-me a ser ORGULHOSA... Ter orgulho das pequenas vitórias do dia-a-dia e também a ter o mesmo orgulho nas derrotas. Importavam as tentativas feitas. Sua frase preferida era: "Derrotado é aquele que nunca tentou, não aquele que não teve êxito em sua tentativa".
Ela me ensinou a ser VAIDOSA... Ter vaidade de ser simplesmente quem sou.
Ela foi ANJO PROTETOR... ensinou-me a dar os primeiros passos segurando-me pelas mãos.
Ela foi "MÁ"... deixo-me cair, mesmo sabendo que eu poderia me machucar, para que eu aprendesse que dói a queda.
Ela foi PROFESSORA... ensinou-me a levantar e caminhar, apesar da dor provocada pelos ferimentos da queda.
Ela foi DURA.... Ao contar-lhe que Rita tinha síndrome de Down, apenas falou: "Muriel, enxugue as lágrimas, vá para sua casa, você tem muito que fazer por sua filha!" Essas palavras foram à alavanca que me impulsionou a cuidar da minha filha como cuidei.
Ela foi CORAJOSA... mesmo sabendo que estava com câncer, nunca reclamou nem se revoltou.
Ela foi SINGELA... quis passar seus últimos momentos em minha casa, morreu docemente em meus braços.
Mãe, obrigada por tudo que você me ensinou. Se hoje a Rita é o que é, eu devo a você, eu sou a mãe que você fez de mim.
Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Registrado em cartório
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
texto: Minha Mãe, minha Mestra
Minha mãe foi uma mulher que soube cuidar, aconselhar e fazer de seus filhos pessoas de bem.
Com ela aprendi a enfrentar a vida e não ter medo de nada.
No passado, por eu não gostar de estudar, mostrou-me o que é ter PERSISTÊNCIA... Arrastou-me literalmente para a escola do primeiro ao quarto ano primário.
Mostrou-me toda a intensidade de seu AMOR... obrigando-me a fazer durante anos, vários exercícios para que eu me curasse dos olhos (eu era estrábica).
Minha mãe mostrou-me o que é FÉ... Passou um dia e uma noite de joelhos ao lado da minha cama rezando para que eu não morresse.
Ela ensinou-me a ser ORGULHOSA... Ter orgulho das pequenas vitórias do dia-a-dia e também a ter o mesmo orgulho nas derrotas. Importavam as tentativas feitas. Sua frase preferida era: "Derrotado é aquele que nunca tentou, não aquele que não teve êxito em sua tentativa".
Ela me ensinou a ser VAIDOSA... Ter vaidade de ser simplesmente quem sou.
Ela foi ANJO PROTETOR... ensinou-me a dar os primeiros passos segurando-me pelas mãos.
Ela foi "MÁ"... deixo-me cair, mesmo sabendo que eu poderia me machucar, para que eu aprendesse que dói a queda.
Ela foi PROFESSORA... ensinou-me a levantar e caminhar, apesar da dor provocada pelos ferimentos da queda.
Ela foi DURA.... Ao contar-lhe que Rita tinha síndrome de Down, apenas falou: "Muriel, enxugue as lágrimas, vá para sua casa, você tem muito que fazer por sua filha!" Essas palavras foram à alavanca que me impulsionou a cuidar da minha filha como cuidei.
Ela foi CORAJOSA... mesmo sabendo que estava com câncer, nunca reclamou nem se revoltou.
Ela foi SINGELA... quis passar seus últimos momentos em minha casa, morreu docemente em meus braços.
Mãe, obrigada por tudo que você me ensinou. Se hoje a Rita é o que é, eu devo a você, eu sou a mãe que você fez de mim.
Muriel Elisa Távora Niess Pokk
Registrado em cartório
Lágrimas de Mãe - Lourdes Alves Batista
Lourdes Alves Batista (lb.evangelista@bol.com.br)
cidade: Foz do Iguaçu
estado: PR
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Lágrimas de Mãe
texto: Deus o levou,tão pequeno,
deixando, grandes saudade,
Juro,meu filho,te encontro,
no reino da eternidade.
Sei que não esras do mundo,
pois eras anjo de Deus,
meu sofrimento é profundo,
saber, que não mais, és meu.
Que sentimento profundo,
que sofrimento cruel,
saber-te, de mim tão longe,
que amarga taça de fel.
O fim do teu sofrimento,
é a sequência, do meu,
porém, é a lei da vida,
é a vontade de Deus.
cidade: Foz do Iguaçu
estado: PR
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Lágrimas de Mãe
texto: Deus o levou,tão pequeno,
deixando, grandes saudade,
Juro,meu filho,te encontro,
no reino da eternidade.
Sei que não esras do mundo,
pois eras anjo de Deus,
meu sofrimento é profundo,
saber, que não mais, és meu.
Que sentimento profundo,
que sofrimento cruel,
saber-te, de mim tão longe,
que amarga taça de fel.
O fim do teu sofrimento,
é a sequência, do meu,
porém, é a lei da vida,
é a vontade de Deus.
O TRANSE DOLOROSO DAS PROVAS! - Sebastião Antônio Baracho
Sebastião Antônio Baracho (conanbaracho@uol.com.br)
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: O TRANSE DOLOROSO DAS PROVAS!
texto: De tanto tomar conhecimento de absurdos e, crimes hediondos, envolvendo o Ser Humano, sob Leis falhas de punições equivalentes aos danos praticados e, Investigações e Perícias diversificadas, sem a devida elucidação exata dos eventos em estudo, bem como, com os Dirigentes apenas cumprindo os seus horários de trabalho sem orientar, fiscalizar e, reprimir os erros dos seus subordinados diretos, cheguei à conclusão, empírica, de que, a continuar como vem transcorrendo na sociedade moderna:
O Mal suplantará o Bem!
Com o mal proceder passando a ser um exemplo de prática para os malfeitores, sem punições equivalentes ao Mal praticado por Eles, os Idôneos acabarão sendo relegados a planos inferiores e, subjugados ao rés-do-chão, se não acontecer o Pior: Se aliarem aos malfeitores em prol de não serem perseguidos!
Sendo um Empírico consciente e, me baseando na observação e análise de tudo que me circundeia e/ou, chega ao meu conhecimento, ouso, apresentar a seguir, a minha observação analítica de fatos errôneos que tive e, tenho tomado conhecimento, a saber:
> Todo Criminoso tem um liame com os seus iguais e/ou, semelhantes, para a prática de crimes diversos.
Na Origem dos malfeitores tem, sempre, alguém que não é idôneo e, que tem comandamento sobre Ele, do qual, segue os maus exemplos e conselhos, desde a sua infância, pois, as crianças não nascem efetuando malefícios, esses, vem dos mais exemplos e conselhos de alguém.
> Os Chefes, normalmente, se formam em Universidades, todavia, ao em vez, de orientarem aos subordinados, fiscalizando o cumprimento exato do determinado, se limitam, apenas, a aceitar o atendimento sem verificar a sua honorabilidade e equivalência ao, por eles, determinado.
> As Confissões forçadas dos autuados, sem a análise correta, pode colocar no presídio um inocente e, pior! Deixar em liberdade o verdadeiro autor do crime em apuração.
> As Perícias efetuadas com falhas, podem absolver, ao em vez de condenarem o suspeito! É preciso que o Perito tenha a capacidade da análise observativa de tudo o que vier a examinar, sem se preocupar em absolver e/ou, condenar o suspeito!
Os Laudos Periciais têm que ter a essência primordial do entendimento do(s) Perito(s) e, nunca! Se desviar em direção combinatória com os depoimentos, ou declarações dos depoentes nos autos dos inquéritos ou, processos em tramitação.
> Os Policiais (Federais, Civis ou Militares) que procedem criminosamente, por certo e/ou, longo tempo, nas Corporações, a culpa, no meu modesto entender, é dos Chefes diretos, pois, se não notaram o mau proceder de quem está ao seu derredor, os punindo rigorosamente, não têm gabaritos para prenderem e, autuarem, aos demais criminosos além da sua área de controle e comandamento.
> Sou, completamente contra, às Prisões temporárias e/ou, preventivas de indiciados em quaisquer crimes, por entender que, embora, assim preso, só serão realmente Culpados quando condenados pela Justiça, após ampla defesa, a qual é tolhida com a sua prisão intermediária.
Vou parar por aqui, com receio de estar ferindo melindres, muito embora, para discordarem, tenham que vestir a carapuça e/ou, provarem que estou errado.
A seguir, uma poesia minha (inédita):
A VERDADE E A MENTIRA
Por caminhos tortuosos
A verdade se desgasta,
Por alamedas suntuosas
A mentira se alastra!
Gotejando, a verdade flui,
Em percalços de maldade,
Nesse ínterim, a mentira,
Jorra com intensidade!
A mentira é fiadora
De toda a falsidade,
Enquanto a verdade...
Sufoca-se na iniqüidade!
A mentira e a verdade
Mesclam-se pela vida,
A primeira é aceita,
A segunda... Esquecida!
Com o "exterior" mandando
No ego da humanidade vã,
A mentira, em combate...
Derrotará a verdade sã!
O egoísmo e o orgulho
Do ser humano atual
Faz da mentira um anjo
E, da verdade... Chacal!
A infâmia segue a mentira
Que vai aderindo à difamação.
A honra, pobre e esquecida,
Medra, com a verdade no chão!
Nem Jesus, o salvador!
Da mentira se escapou,
Sua verdade límpida...
Ao calvário o levou!
No paraíso da ventura
Não haverá miscigenação.
A verdade é água pura,
A mentira: vil dejeção!
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
sexo: masculino
categoria: OUTRAS
titulo: O TRANSE DOLOROSO DAS PROVAS!
texto: De tanto tomar conhecimento de absurdos e, crimes hediondos, envolvendo o Ser Humano, sob Leis falhas de punições equivalentes aos danos praticados e, Investigações e Perícias diversificadas, sem a devida elucidação exata dos eventos em estudo, bem como, com os Dirigentes apenas cumprindo os seus horários de trabalho sem orientar, fiscalizar e, reprimir os erros dos seus subordinados diretos, cheguei à conclusão, empírica, de que, a continuar como vem transcorrendo na sociedade moderna:
O Mal suplantará o Bem!
Com o mal proceder passando a ser um exemplo de prática para os malfeitores, sem punições equivalentes ao Mal praticado por Eles, os Idôneos acabarão sendo relegados a planos inferiores e, subjugados ao rés-do-chão, se não acontecer o Pior: Se aliarem aos malfeitores em prol de não serem perseguidos!
Sendo um Empírico consciente e, me baseando na observação e análise de tudo que me circundeia e/ou, chega ao meu conhecimento, ouso, apresentar a seguir, a minha observação analítica de fatos errôneos que tive e, tenho tomado conhecimento, a saber:
> Todo Criminoso tem um liame com os seus iguais e/ou, semelhantes, para a prática de crimes diversos.
Na Origem dos malfeitores tem, sempre, alguém que não é idôneo e, que tem comandamento sobre Ele, do qual, segue os maus exemplos e conselhos, desde a sua infância, pois, as crianças não nascem efetuando malefícios, esses, vem dos mais exemplos e conselhos de alguém.
> Os Chefes, normalmente, se formam em Universidades, todavia, ao em vez, de orientarem aos subordinados, fiscalizando o cumprimento exato do determinado, se limitam, apenas, a aceitar o atendimento sem verificar a sua honorabilidade e equivalência ao, por eles, determinado.
> As Confissões forçadas dos autuados, sem a análise correta, pode colocar no presídio um inocente e, pior! Deixar em liberdade o verdadeiro autor do crime em apuração.
> As Perícias efetuadas com falhas, podem absolver, ao em vez de condenarem o suspeito! É preciso que o Perito tenha a capacidade da análise observativa de tudo o que vier a examinar, sem se preocupar em absolver e/ou, condenar o suspeito!
Os Laudos Periciais têm que ter a essência primordial do entendimento do(s) Perito(s) e, nunca! Se desviar em direção combinatória com os depoimentos, ou declarações dos depoentes nos autos dos inquéritos ou, processos em tramitação.
> Os Policiais (Federais, Civis ou Militares) que procedem criminosamente, por certo e/ou, longo tempo, nas Corporações, a culpa, no meu modesto entender, é dos Chefes diretos, pois, se não notaram o mau proceder de quem está ao seu derredor, os punindo rigorosamente, não têm gabaritos para prenderem e, autuarem, aos demais criminosos além da sua área de controle e comandamento.
> Sou, completamente contra, às Prisões temporárias e/ou, preventivas de indiciados em quaisquer crimes, por entender que, embora, assim preso, só serão realmente Culpados quando condenados pela Justiça, após ampla defesa, a qual é tolhida com a sua prisão intermediária.
Vou parar por aqui, com receio de estar ferindo melindres, muito embora, para discordarem, tenham que vestir a carapuça e/ou, provarem que estou errado.
A seguir, uma poesia minha (inédita):
A VERDADE E A MENTIRA
Por caminhos tortuosos
A verdade se desgasta,
Por alamedas suntuosas
A mentira se alastra!
Gotejando, a verdade flui,
Em percalços de maldade,
Nesse ínterim, a mentira,
Jorra com intensidade!
A mentira é fiadora
De toda a falsidade,
Enquanto a verdade...
Sufoca-se na iniqüidade!
A mentira e a verdade
Mesclam-se pela vida,
A primeira é aceita,
A segunda... Esquecida!
Com o "exterior" mandando
No ego da humanidade vã,
A mentira, em combate...
Derrotará a verdade sã!
O egoísmo e o orgulho
Do ser humano atual
Faz da mentira um anjo
E, da verdade... Chacal!
A infâmia segue a mentira
Que vai aderindo à difamação.
A honra, pobre e esquecida,
Medra, com a verdade no chão!
Nem Jesus, o salvador!
Da mentira se escapou,
Sua verdade límpida...
Ao calvário o levou!
No paraíso da ventura
Não haverá miscigenação.
A verdade é água pura,
A mentira: vil dejeção!
PELA DIGNIDADE PROFISSIONAL! - Nelson Vitor Pereira
Nelson Vitor Pereira (nelsonvitorp@bol.com.br)
cidade: Campinas
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: masculino
categoria: MENSAGENS
titulo: PELA DIGNIDADE PROFISSIONAL!
texto:
O pessoal que milita na área de segurança e vigilância patrimonial se vê, não raras vezes, diante de situações controversas em que deve agir imediatamente, mas...
Este é um alerta para os riscos de se cometer injustiças ao serem colocados sob um mesmo foco pessoas de bem e bandidos!
À uma pergunta direta como:
"Quem tem maior facilidade para furtar ou roubar dentro de uma empresa, e o por quê?"
Qual seria a sua resposta?
FURTOS E ROUBOS DENTRO DE UMA EMPRESA?
De um modo geral, quando se pergunta quem seria capaz de cometer esses delitos numa empresa, muitas pessoas logo pensam naqueles que têm acesso, por força da função, à toda empresa. E, não raras vezes, presas a estereótipos, beiram à calúnia seus comentários subjetivos.
Aquele que rouba ou furta tem a propensão natural para perpetrar essas ações e, antes de ser um profissional, já é um bandido que, travestido numa determinada função faz uso de suas prerrogativas funcionais para maquinar seus intentos.
Portanto, não são os profissionais de segurança, de conservação, de vendas, de compras, de gerência, e muito menos aqueles que percebem salários baixos, ou aqueles que almejam melhorias pessoais e manifestam suas insatisfações, que serão os protagonistas de ações criminosas dentro de uma empresa; mas, sem sombra de dúvida, somente pessoas sem caráter serão capazes de furtar, roubar ou gerar danos ao patrimônio da empresa.
Da vassoura ao colarinho, todo profissional preza pela sua dignidade e valorização de sua atividade, e não é justo confundir a índole de um bandido com a de uma pessoa do bem, com base em análises inapropriadas eivadas de preconceitos.
http://www.youtube.com/watch?v=MzbKe0dBhbo
Artigo publicado no Recanto das Letras em 16/06/2009.
Autor: NELSON VITOR PEREIRA
cidade: Campinas
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: masculino
categoria: MENSAGENS
titulo: PELA DIGNIDADE PROFISSIONAL!
texto:
O pessoal que milita na área de segurança e vigilância patrimonial se vê, não raras vezes, diante de situações controversas em que deve agir imediatamente, mas...
Este é um alerta para os riscos de se cometer injustiças ao serem colocados sob um mesmo foco pessoas de bem e bandidos!
À uma pergunta direta como:
"Quem tem maior facilidade para furtar ou roubar dentro de uma empresa, e o por quê?"
Qual seria a sua resposta?
FURTOS E ROUBOS DENTRO DE UMA EMPRESA?
De um modo geral, quando se pergunta quem seria capaz de cometer esses delitos numa empresa, muitas pessoas logo pensam naqueles que têm acesso, por força da função, à toda empresa. E, não raras vezes, presas a estereótipos, beiram à calúnia seus comentários subjetivos.
Aquele que rouba ou furta tem a propensão natural para perpetrar essas ações e, antes de ser um profissional, já é um bandido que, travestido numa determinada função faz uso de suas prerrogativas funcionais para maquinar seus intentos.
Portanto, não são os profissionais de segurança, de conservação, de vendas, de compras, de gerência, e muito menos aqueles que percebem salários baixos, ou aqueles que almejam melhorias pessoais e manifestam suas insatisfações, que serão os protagonistas de ações criminosas dentro de uma empresa; mas, sem sombra de dúvida, somente pessoas sem caráter serão capazes de furtar, roubar ou gerar danos ao patrimônio da empresa.
Da vassoura ao colarinho, todo profissional preza pela sua dignidade e valorização de sua atividade, e não é justo confundir a índole de um bandido com a de uma pessoa do bem, com base em análises inapropriadas eivadas de preconceitos.
http://www.youtube.com/watch?v=MzbKe0dBhbo
Artigo publicado no Recanto das Letras em 16/06/2009.
Autor: NELSON VITOR PEREIRA
Meninos de Rua - Berennice Maria dos santos camilo
Berennice Maria dos santos camilo (bere2427@hotmail.com)
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Meninos de Rua
texto: Meninos de rua lamento o teu grande sofrimento,Vocês são muitos eu sei que vivem ai ao relento.Sem roupa e sem cobertor passando frio na rua, tua mãe nen sabe nada que sorte triste é essa tua. Anda pra cima e pra baixo a pedir pão e comida alguns um bocado dão e outros lhe negam o pão que triste droga de vida.
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Meninos de Rua
texto: Meninos de rua lamento o teu grande sofrimento,Vocês são muitos eu sei que vivem ai ao relento.Sem roupa e sem cobertor passando frio na rua, tua mãe nen sabe nada que sorte triste é essa tua. Anda pra cima e pra baixo a pedir pão e comida alguns um bocado dão e outros lhe negam o pão que triste droga de vida.
A HISTÓRIA DE ZÉ LEITOR - SALETE MARIA DA SILVA
SALETE MARIA DA SILVA (saletemaria@oi.com.br)
cidade: SALVADOR
estado: BA
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: A HISTÓRIA DE ZÉ LEITOR
texto: Zé recebeu um convite
Que nunca foi feito antes
Pois era coisa de elite
Ou de jovens estudantes
Foi chamado a estudar
Escrever, ler e contar
Quanta coisa interessante!
Ficou meio pensativo
E disse para a mulher:
"Inté hoje eu sobrevivo
Sem sabê lê um papé
Agora nessa idade
Num tenho capacidade
Vou andar de marcha à ré?"
"Já não tenho condição
De aprendê o bê-a-bá
Tenho preocupação
Vivo só pra trabaiá
Agora esta invenção
Estudá, fazer lição
Para mim isto não dá"
A mulher disse: "José
Tu tá com medo de quê?
Sempre foi home de fé
Vai agora esmorecê?
Ta rejeitando a escola?
É direito e não esmola
Conforme ouvi dizê"
"Além do mais hoje em dia
Ninguém mais fica de lado
Aqui pela cercania
Tá todo mundo letrado
Home, muié e minino
Só tu não tá assitindo
O Brasil Alfabetizado"
"O povo qué estudá
Vai atrás e se concentra
Não dá pra desanimá
Na vida tudo se enfrenta
O passado já passou
O presente começou
O futuro a gente inventa"
"É mermo, tu tem razão
-disse José, de repente-
Num vou pagá um tostão
Isto me deixa contente
Vou apanhá um caderno
O mais bonito e moderno
E vou me dá de presente"
"Vou estudá, tá na hora
Vou tentá aprendê lê
Se eu nunca fui à escola
Não foi falta de querê
Desde cedo trabaiando
Meu velho pai ajudando
Levei a vida a sofrê"
"Assim como eu, milhares
Por este Brasil afora
Basta olhá nos olhares
Ninguém mais nos ignora
Eu vou sim, tô na peleja
Nada nos vem de bandeja
É chegada a minha hora"
"Vou tirá o atrasado
Nunca é tarde pra aprendê
Criança fui pro roçado
Hoje não sei escrevê
Mas sei que posso tentá
É tempo de avançá
Chega de teretetê"
A mulher disse: "Você
Já tá falando bonito
Mesmo não sabendo lê
Nada do que tá escrito
Já mostra que tem futuro
Vejo que está seguro
E em você acredito"
"Sei que é um dereito seu
Ter acesso aos estudo
Do tanto que tu viveu
O mundo mudou em tudo
Vá, José, vá estudá
Você só tem a ganhá
Já é um homem sortudo"
"Eu mermo sei lê um tico
Sei fazê um bilhetinho
As vezes até medito
E sonho mais um pouquinho
Se eu voltá a estudá
De tudo vou me alembrá
E progrido ligeirinho"
Zé ouvindo aquilo tudo
De pressa se decidiu
Deixou o olhar sisudo
O coração consentiu:
"Não custa nada tentá
E é tão bom estudá"
Pegou as coisas e saiu
Então foi ele à escola
Cheio de ansiedade
Levava numa sacola
Sonho e realidade
Chegou na sala e entrou
A professora falou:
"Nossa, que felicidade!"
"Seja bem vindo, amigo
Aproveite este momento
Esta escola é um abrigo
Tome logo seu assento
Aqui todo mundo ensina
Cada um é uma mina
Carregada de talento"
Cada um sabe um pouco
Da vida que tá lá fora
Antônio hoje está rouco
De gritar que vende amora
Maria, que é cozinheira
Hoje viu João na feira
Pertinho de onde ela mora"
"Maria Lúcia é avó
Joaquina se aposentou
Eduarda é o xodó
Porque nunca se casou
Socorro é rezadeira
Luís vai à gafieira
E Joana luta judô"
"São todos gente madura
Autoridades no lar
Ninguém aqui tem frescura
Todos querem estudar
Falamos do dia-a-dia
Um pouco da carestia
E de tudo quanto há"
José logo foi gostando
Daquele novo ambiente
Foi logo se enturmando
Achando o povo decente
Olhou em volta e sorriu
À vontade se sentiu
Pois "gente gosta é de gente"
Pegou papel e caneta
Ouviu a explicação
Lembrou da velha marreta
E do surrado macacão
As letras se embaralhavam
Parece até que mangavam
De sua concentração
Espremendo bem a vista
Ouviu tudo direitinho
No quadro tinha uma lista
De nomes bem bonitinho
A professora feliz
Usava um taco de giz
E falava bem mansinho
Tinha um "a" de avião
Um "e" de escadaria
Um "i" de informação
Um "o" de ovo, havia
Um "u" de uva, também
E ele, como ninguém
Naquilo se envolvia
Todo dia ele estudava
Depois de ter trabalhado
A professora falava
E ele compenetrado
Tinha muita explicação
Depois vinha uma lição
Do que fora ensinado
Via os colegas dizerem
Que queriam se formar
Pra uma festa fazerem
E muita gente chamar
Ele até pensava nisso:
"Imagine o rebuliço
Que neste vai dá"
Chegava em casa cansado
Ligava a televisão
Porém ficava espantado
Com tanta complicação
Via que pouco entendia
Pois como ainda não lia
Tudo era confusão
Viu a novela, o jornal
Ouviu notícias do mundo
Mas ao trocar de canal
Adormeceu num segundo
Sonhou com uma caneta
Comandando este planeta
E um papel branco de fundo
"Vixe que coisa medonha
Uma caneta falante
Com uma cara risonha
E em tamanho gigante"
E a caneta dizia:
"Olá, José!" e sorria
E lhe dava um diamante
Sobressaltado acordou
Achando aquilo estranho
De um desenho lembrou
Da forma, cor e tamanho
Olhou para seu netinho
Beijou-o devagarinho
Saiu e foi tomar banho
Achou que aquele sonho
Tinha algo a lhe dizer
Mas era muito medonho
No jeito de aparecer
Pra que caneta e papel
Comandando uma babel
Como podia entender?
Foi trabalhar matutando
E à noite foi estudar
A professora falando
E ele só a pensar
Na caneta e no papel
Sobrevoando o céu
Querendo lhe seqüestrar
Nesta noite nada viu
Que pudesse entreter
Quando da sala saiu
Sem nada ali entender
A professora sentiu
Que ele nada ouviu
E foi sondar pra saber:
"O que há com o senhor
Que nada quis comentar
Parece que não gostou
Da aula, do ensinar"
Ele disse: "não senhora
Eu tava meio por fora
Nada tenho a me queixar"
Ela insistiu: "o senhor
Tava absorto, perdido
Eu lhe peço, por favor
Não se sinta preterido
Se estiver desgostoso
Ou quem sabe ansioso
Pode se abrir comigo"
"Não, senhora, Ave Maria
A aula é muito boa
Me desculpe eu não queria
Ofender sua pessoa
É que eu às vezes penso
Este mundão é imenso
E a vida da gente voa"
"Eu tô aqui nesta idade
Tentando aprendê lê
Pois na minha mocidade
Isto não podia sê
Vivia para o roçado
Ganhando pouco, empregado
Vivendo ao léu, a mercê"
"Por isso mesmo o senhor
Deve dar valor a vida
Se viveu, se batalhou
Se sofreu sua ferida
Deve lembrar o poeta
Que constrói a sua meta
Na palavra proferida"
Diga que "valeu a pena"
Pois tudo vale na vida
"Se a alma não é pequena"
Nela tudo tem guarida
Viva o daqui pra frente
Vale viver o presente
Desta vida comovida
Ele disse: "a senhora
Tá coberta de razão
O que disse só melhora
O meu velho coração
Vou, sim, aprendê a lê
E um dia hei de escrever
Um verso cheio de emoção"
"Com muito afinco e prazer
Meteu a fazer lição
Queria logo aprender
E abrir sua visão
Dizia a sua mulher
Agora eu boto fé
Que serei um cidadão"
No trabalho ele falava
Do mundo que descobria
O servente o olhava
E muito pouco entendia
Mexendo massa e cimento
Só via o mundo cinzento
Por que tanta euforia?
No caderno escrevia
O próprio nome: J-O-S-É
Em voz alta ele lia:
"Jota, ó, ésse e é"
Falava de sua história
Do que tinha na memória
Da vida como ela é
Assim fazia progresso
Mas as vezes se zangava
Quando pegava um impresso
E pouca coisa encontrava
Do mundo em que ele vivia
Pois toda coisa que lia
De outro mundo falava
Ficava desiludido
Com tanta dificuldade
Sentava meio abatido
Contava sua idade
"Já tenho sessenta anos
Eu nem posso fazê planos
De ir para faculdade"
Mas a mulher companheira
Que um pouco sabia ler
Dizia à sua maneira:
"Zé, não se deixe abatê
Tu lendo a tua vida
Melhorando tua lida
Já é bastante o crescê"
Zé ouvia aquilo tudo
E matutava, baixinho:
"Nunca vou tê um canudo
Sempre serei Zé Povinho
Esse negócio de lê
Contá, falá, escrevê
Não é bem o meu caminho"
Mas ao mesmo tempo via
Que muita coisa mudava
Quando ia a padaria
O troco ele contava
Fazia atenta sondagem
Lia toda embalagem
Daquilo que ali comprava
Ao tomar a condução
Ia no transporte certo
Ao receber um cartão
Já entendia correto
Uma ficha preenchia
Um jornal ele já lia
O mundo tava mais perto
Mas algo ele queria
E desejava fazer
Seria naquele dia
Não podia mais conter
Iria ele, afinal
Ao cartório eleitoral
Seu nome subscrever
Queria votar, então
E decidir seu destino
Ao apertar o botão
Não se sentir tão cretino
Queria ver o seu nome
Assinar seu sobrenome
Na folha de papel fino
E assim tudo se deu
Ele se sentiu completo
Vendo ali o nome seu
E não mais "analfabeto"
Que prazer ele sentia
Ate chorou nesse dia
Olhando do piso ao teto
Mas outro desejo tinha
E queria realizar
Faria uma cartinha
Pra seu amor declarar
Diria para Helena
Sua esposa: "Pequena,
não me canso de te amá"
Queria deixar escrito
O que nunca registrou
Num texto muito bonito
Falando só de amor
Queria dizer a ela
Igual se diz na novela:
Você é a minha flor!
Mas tinha aquela vergonha
Podia parecer tolo
Tem coisa que a gente sonha
E a vida passa o rolo
Um homem da sua idade
Falar de amor e saudade
Só tendo cara de bolo
Procurou a professora
E falou do Ceará
Da seca devastadora
Que ele já viu por lá
Disse que tinha um parente
Que gostava de repente
E lhe ensinou a gostar
Disse que nas cantorias
Dos cantadô de viola
Sempre tinha uma magia
Igualzinha a da escola
As palavra vinham vindo
E os verso iam saindo
La do fundo da cachola
Falou que ouviu cordel
Ser declamado na feira
Um poeta, um menestrel
Desses sem eira nem beira
Ensinava o povo lê
Sem grande esforço fazê
Somente na gemedeira
Disse que na sua terra
Tem verso para quem qué
E que lá tem uma serra
Por nome de Assaré
Onde um poeta roceiro
O maió dos brasileiro
Mal rabiscava um papé
O poeta Patativa
Que Deus o tenha no céu
Foi uma ave nativa
Para o país um troféu
Home de pouca leitura
Mas de palavra segura
Partiu envolto num véu
A professora propôs:
Que tal você recitar
Hoje, amanhã ou depois
Do poeta popular
Um verso bem empolgado
Pra lembrar do seu passado
E também do seu lugar?
Que tal você nos trazer
Um cordel para leitura
Para a gente conhecer
Esta augusta criatura:
Patativa do Assaré
Que o mundo sabe quem é
Cheio de força e candura
Zé ficou maravilhado
E disse: Eu trago, sim
Já estou emocionado
É importante pra mim
Lê algo que me encanta
Que minha alma levanta
Obrigado, meu Padim!
E assim foi que se deu
No final daquele ano
Zé, logo que amanheceu,
Já tava fazendo plano
Mas suas pernas tremiam
Os lábios estremeciam
Era grande o desengano
No trabalho mal falou
E o companheiro sentiu
Um aperto o sufocou
Sua voz ninguém ouviu
Tava nervoso, coitado
Não se achava preparado
Pra tarefa que assumiu
Chegando em casa de volta
Da construção que fazia
A mulher viu a revolta
Pois seu olhar não mentia
E disse: Ô meu José
Onde anda a tua fé
Que é tua garantia?
Tá nervoso, acabrunhado
Porque vai se apresentá
Teu terno tá engomado
Eu já vou me arrumá
Quero vê tu recitando
Lendo um verso e comentando
Etecetera e coisa e tá
O medo se agigantava
E José não quis comer
Toda noite ele jantava
Conversava como o quê
Mas nesta noite, tadinho
Mal bebeu um bucadinho
Do chá que mandou fazê
E então todos partiram
Para a comemoração
Os colegas consentiram
Na tal apresentação
José faria a leitura
Dum cordel da criatura
Mais famosa do sertão
Na platéia a lhe sorrir
A mulher e um vizinho
Também estava ali
O servente "Seu Toninho"
Os colegas orgulhosos
Todos muito atenciosos
Para ouvir o tal versinho
Zé foi chamado e aplaudido
Mas só Deus via a aflição
Ela tava tão perdido
Quase golfa o coração
Mas mesmo assim começou
Primeiro ele explicou
Quem foi Patativa, então
Disse que foi O Poeta
Mais sagrado do nordeste
Que sempre foi sua meta
Falar do cabra da peste
E que ficou conhecido
Por ser cantado e lido
Do litoral ao agreste
Sendo assim vou recitá
Um poema conhecido
Vaca Estrela e Boi Fubá
Foi gravado e foi ouvido
Um cantô do Ceará
Em sua voz fez soá
Em tom de pranto e gemido:
I
" Seu dotô, me dê licença
Pra minha história eu contá
Se hoje eu tou na terra estranha
E é bem triste o meu pená,
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bom,
Gostava de campeá
E todo dia aboiava
Na portêra do currá
È ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
II
Eu sou fio do Nordeste,
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tanjeu de lá pra cá
La eu tinha meu gadinho
Não é bom nem maginá
Minha bela Vaca Estrela
E o meu lindo Boi Fubá,
Quando era de tardezinha
Eu começava a aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá
III
Aquela seca medonha
Fez tudo se trapaiá;
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá,
O sertão esturricou
Fez os açude secá
Morreu minha Vaca Estrela
Se acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha
Nunca mais pude aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
IV
E hoje, nas terras do Su
Longe no torrão natá
Quando vejo em minha frente
Uma boiada passá
As água corre dos óio
Começo logo a chorá
Me lembro da Vaca Estrela
Me lembro do Boi Fubá;
Com sodade do Nordeste
Da vontade de aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá"
Todos então aplaudiram
A leitura emocionada
Muitos ali nunca ouviram
O som de uma toada
Ficaram muito tocados
Alguns choraram calados
Naquela noite encantada
A professora Luzia
Disse: Que bela leitura
Pois antes eu não sabia
Da sua desenvoltura
É bom a gente entender
E ver um leitor nascer
Ensinando outra cultura
Vejo que muito de vós
Se desencantam ao ler
Mas cabe sempre a nós
Procurar lhes conhecer
Pois é preciso criar
Formas de estimular
E o neoleitor envolver
Com um poema matuto
Zé mostrou que sabe ler
Ler a vida, ler o mundo
Ler um texto e escrever
Se reconhecer sujeito
Ler e ficar satisfeito
Por tudo ali entender
Escolhendo a leitura
Pelo autor e pelo tema
Mostrou de forma segura
Que aprecia um poema
Que fala do que lhe toca
E emoção lhe provoca
E faz a vida amena
Eis uma boa lição
Que Zé nos deu neste dia
Sua apresentação
Causa gosto e alegria
Estimula a prosseguir
A sonhar e evoluir
Com muita fé e magia
Zé, então, agradeceu
A condição de aprendiz
E tirou do bolso seu
Um pedacinho de giz
E disse: Quero escrevê
Para meus colega lê
O que meu coração diz
Do quadro se aproximou
E rabiscou devagar
A professora notou
Que ele estava a chorar
Uma frase desenhou
Dizendo: "Eu nada sou
Sem Helena a me amar"
Uma colega foi lendo
O que José escrevia
Helena se comovendo
Falar já não conseguia
Toninho, o companheiro
Decidiu-se bem ligeiro
Que também aprenderia
Falou para os presentes:
Eu farei como José
Estamos todos contentes
Vejo agora que da pé
Vou também aprender ler
Contar, falar, escrever
E amar minha mulher
Foi muito contagiante
O momento da leitura
A partir daquele instante
Surgia nova postura
Ficando ali declarado
Brasil Alfabetizado?
Pra todos literatura!
E assim se deu então
A história de Zé Leitor
Não foi contada em vão
Aqui fala o narrador
O nosso objetivo
É dizer que sem ter livro
Não vale o que se plantou
E livro de toda cor
Livro que fale de tudo
Não só livro de doutor
Nem só livro de estudo
Livro para relaxar
Para rir, para chorar
Para cego e para mudo
Que venha livro a mão-cheia
Que venha livro de esquema
Livros fartos para a ceia
Livro de reza e poema
Livro de gente modesta
De guerra, luto e festa
De romance e de cinema
Livro para estimular
A quem aprendeu a ler
Livro para conquistar
Quem não sabia escrever
Livro para abrir a mente
Que deixe a gente contente
E que se faça entender
Que ninguém deixe de ler
Porque não pode comprar
Que o povo possa viver
Literalmente a amar
A nossa literatura
Que representa a cultura
De todo canto que há
Assim então nós teremos
Um Brasil maravilhado
Pois todos nos já sabemos
Como se deu no passado
Poucos nesta terra liam
E quanto menos sabiam
Mas fácil eram enganados
Hoje com a educação
Para jovem e adulto
Não basta terem na mão
Um livro de grande vulto
É preciso estimular
O prazer de estudar
A partir do seu reduto
Aos poucos se vai sabendo
Que somos um universo
Quando se vai conhecendo
O valor que tem um verso
Pois na terra de José
Só se bota no papé
Aquilo em que tá imerso
Literatura em geral
Deve se patrocinar
Desde a cultura oral
Á mais moderna que há
Um blog de poesia
Pra se ler com alegria
Quando já se chegou lá
Por fim, que o Zé Leitor
Possa servir de esperança
E que cada professor
Equilibre na balança
Um pouco de seu saber
E do que pode aprender
Com velho, moço e criança
Que a escola do mundo
Mostre o seu conteúdo
Pois o saber mais profundo
Não se extrai só dum canudo
Que a leitura da vida
Possa ser a preferida
Tal qual num cinema mudo
Zé Leitor é ficção
Mas há na realidade
Abrindo o coração
Se vê José de verdade
Querendo ler um cordel
Ou rabiscando um papel
No campo ou na cidade
É só abrir a janela
E ver a realidade
Nem toda historia é novela
Nem todo choro é saudade
Nem todo texto se vende
Nem toda obra se entende
Nem todo velho é de idade
Nem todo Leitor é Zé
Nem toda obra é de arte
Nem todo pé tem chulé
Nem toda pausa é enfarte
Nem sempre o tempo é perdido
Nem todo escritor é lido
Nem tudo que trinca, parte
Nem sempre a educação
Corrigiu desigualdade
Nem toda proposição
Contempla a diversidade
Nem todo alfabetizado
Lê um texto emocionado
Com amor e sinceridade
Aqui fica o meu recado
Eu que adoro cordel
Se ficou interessado
Por este simples papel
Me manda uma carta, entao
Pois ninguém escreve em vão
Quando o limite é o céu!
cidade: SALVADOR
estado: BA
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: A HISTÓRIA DE ZÉ LEITOR
texto: Zé recebeu um convite
Que nunca foi feito antes
Pois era coisa de elite
Ou de jovens estudantes
Foi chamado a estudar
Escrever, ler e contar
Quanta coisa interessante!
Ficou meio pensativo
E disse para a mulher:
"Inté hoje eu sobrevivo
Sem sabê lê um papé
Agora nessa idade
Num tenho capacidade
Vou andar de marcha à ré?"
"Já não tenho condição
De aprendê o bê-a-bá
Tenho preocupação
Vivo só pra trabaiá
Agora esta invenção
Estudá, fazer lição
Para mim isto não dá"
A mulher disse: "José
Tu tá com medo de quê?
Sempre foi home de fé
Vai agora esmorecê?
Ta rejeitando a escola?
É direito e não esmola
Conforme ouvi dizê"
"Além do mais hoje em dia
Ninguém mais fica de lado
Aqui pela cercania
Tá todo mundo letrado
Home, muié e minino
Só tu não tá assitindo
O Brasil Alfabetizado"
"O povo qué estudá
Vai atrás e se concentra
Não dá pra desanimá
Na vida tudo se enfrenta
O passado já passou
O presente começou
O futuro a gente inventa"
"É mermo, tu tem razão
-disse José, de repente-
Num vou pagá um tostão
Isto me deixa contente
Vou apanhá um caderno
O mais bonito e moderno
E vou me dá de presente"
"Vou estudá, tá na hora
Vou tentá aprendê lê
Se eu nunca fui à escola
Não foi falta de querê
Desde cedo trabaiando
Meu velho pai ajudando
Levei a vida a sofrê"
"Assim como eu, milhares
Por este Brasil afora
Basta olhá nos olhares
Ninguém mais nos ignora
Eu vou sim, tô na peleja
Nada nos vem de bandeja
É chegada a minha hora"
"Vou tirá o atrasado
Nunca é tarde pra aprendê
Criança fui pro roçado
Hoje não sei escrevê
Mas sei que posso tentá
É tempo de avançá
Chega de teretetê"
A mulher disse: "Você
Já tá falando bonito
Mesmo não sabendo lê
Nada do que tá escrito
Já mostra que tem futuro
Vejo que está seguro
E em você acredito"
"Sei que é um dereito seu
Ter acesso aos estudo
Do tanto que tu viveu
O mundo mudou em tudo
Vá, José, vá estudá
Você só tem a ganhá
Já é um homem sortudo"
"Eu mermo sei lê um tico
Sei fazê um bilhetinho
As vezes até medito
E sonho mais um pouquinho
Se eu voltá a estudá
De tudo vou me alembrá
E progrido ligeirinho"
Zé ouvindo aquilo tudo
De pressa se decidiu
Deixou o olhar sisudo
O coração consentiu:
"Não custa nada tentá
E é tão bom estudá"
Pegou as coisas e saiu
Então foi ele à escola
Cheio de ansiedade
Levava numa sacola
Sonho e realidade
Chegou na sala e entrou
A professora falou:
"Nossa, que felicidade!"
"Seja bem vindo, amigo
Aproveite este momento
Esta escola é um abrigo
Tome logo seu assento
Aqui todo mundo ensina
Cada um é uma mina
Carregada de talento"
Cada um sabe um pouco
Da vida que tá lá fora
Antônio hoje está rouco
De gritar que vende amora
Maria, que é cozinheira
Hoje viu João na feira
Pertinho de onde ela mora"
"Maria Lúcia é avó
Joaquina se aposentou
Eduarda é o xodó
Porque nunca se casou
Socorro é rezadeira
Luís vai à gafieira
E Joana luta judô"
"São todos gente madura
Autoridades no lar
Ninguém aqui tem frescura
Todos querem estudar
Falamos do dia-a-dia
Um pouco da carestia
E de tudo quanto há"
José logo foi gostando
Daquele novo ambiente
Foi logo se enturmando
Achando o povo decente
Olhou em volta e sorriu
À vontade se sentiu
Pois "gente gosta é de gente"
Pegou papel e caneta
Ouviu a explicação
Lembrou da velha marreta
E do surrado macacão
As letras se embaralhavam
Parece até que mangavam
De sua concentração
Espremendo bem a vista
Ouviu tudo direitinho
No quadro tinha uma lista
De nomes bem bonitinho
A professora feliz
Usava um taco de giz
E falava bem mansinho
Tinha um "a" de avião
Um "e" de escadaria
Um "i" de informação
Um "o" de ovo, havia
Um "u" de uva, também
E ele, como ninguém
Naquilo se envolvia
Todo dia ele estudava
Depois de ter trabalhado
A professora falava
E ele compenetrado
Tinha muita explicação
Depois vinha uma lição
Do que fora ensinado
Via os colegas dizerem
Que queriam se formar
Pra uma festa fazerem
E muita gente chamar
Ele até pensava nisso:
"Imagine o rebuliço
Que neste vai dá"
Chegava em casa cansado
Ligava a televisão
Porém ficava espantado
Com tanta complicação
Via que pouco entendia
Pois como ainda não lia
Tudo era confusão
Viu a novela, o jornal
Ouviu notícias do mundo
Mas ao trocar de canal
Adormeceu num segundo
Sonhou com uma caneta
Comandando este planeta
E um papel branco de fundo
"Vixe que coisa medonha
Uma caneta falante
Com uma cara risonha
E em tamanho gigante"
E a caneta dizia:
"Olá, José!" e sorria
E lhe dava um diamante
Sobressaltado acordou
Achando aquilo estranho
De um desenho lembrou
Da forma, cor e tamanho
Olhou para seu netinho
Beijou-o devagarinho
Saiu e foi tomar banho
Achou que aquele sonho
Tinha algo a lhe dizer
Mas era muito medonho
No jeito de aparecer
Pra que caneta e papel
Comandando uma babel
Como podia entender?
Foi trabalhar matutando
E à noite foi estudar
A professora falando
E ele só a pensar
Na caneta e no papel
Sobrevoando o céu
Querendo lhe seqüestrar
Nesta noite nada viu
Que pudesse entreter
Quando da sala saiu
Sem nada ali entender
A professora sentiu
Que ele nada ouviu
E foi sondar pra saber:
"O que há com o senhor
Que nada quis comentar
Parece que não gostou
Da aula, do ensinar"
Ele disse: "não senhora
Eu tava meio por fora
Nada tenho a me queixar"
Ela insistiu: "o senhor
Tava absorto, perdido
Eu lhe peço, por favor
Não se sinta preterido
Se estiver desgostoso
Ou quem sabe ansioso
Pode se abrir comigo"
"Não, senhora, Ave Maria
A aula é muito boa
Me desculpe eu não queria
Ofender sua pessoa
É que eu às vezes penso
Este mundão é imenso
E a vida da gente voa"
"Eu tô aqui nesta idade
Tentando aprendê lê
Pois na minha mocidade
Isto não podia sê
Vivia para o roçado
Ganhando pouco, empregado
Vivendo ao léu, a mercê"
"Por isso mesmo o senhor
Deve dar valor a vida
Se viveu, se batalhou
Se sofreu sua ferida
Deve lembrar o poeta
Que constrói a sua meta
Na palavra proferida"
Diga que "valeu a pena"
Pois tudo vale na vida
"Se a alma não é pequena"
Nela tudo tem guarida
Viva o daqui pra frente
Vale viver o presente
Desta vida comovida
Ele disse: "a senhora
Tá coberta de razão
O que disse só melhora
O meu velho coração
Vou, sim, aprendê a lê
E um dia hei de escrever
Um verso cheio de emoção"
"Com muito afinco e prazer
Meteu a fazer lição
Queria logo aprender
E abrir sua visão
Dizia a sua mulher
Agora eu boto fé
Que serei um cidadão"
No trabalho ele falava
Do mundo que descobria
O servente o olhava
E muito pouco entendia
Mexendo massa e cimento
Só via o mundo cinzento
Por que tanta euforia?
No caderno escrevia
O próprio nome: J-O-S-É
Em voz alta ele lia:
"Jota, ó, ésse e é"
Falava de sua história
Do que tinha na memória
Da vida como ela é
Assim fazia progresso
Mas as vezes se zangava
Quando pegava um impresso
E pouca coisa encontrava
Do mundo em que ele vivia
Pois toda coisa que lia
De outro mundo falava
Ficava desiludido
Com tanta dificuldade
Sentava meio abatido
Contava sua idade
"Já tenho sessenta anos
Eu nem posso fazê planos
De ir para faculdade"
Mas a mulher companheira
Que um pouco sabia ler
Dizia à sua maneira:
"Zé, não se deixe abatê
Tu lendo a tua vida
Melhorando tua lida
Já é bastante o crescê"
Zé ouvia aquilo tudo
E matutava, baixinho:
"Nunca vou tê um canudo
Sempre serei Zé Povinho
Esse negócio de lê
Contá, falá, escrevê
Não é bem o meu caminho"
Mas ao mesmo tempo via
Que muita coisa mudava
Quando ia a padaria
O troco ele contava
Fazia atenta sondagem
Lia toda embalagem
Daquilo que ali comprava
Ao tomar a condução
Ia no transporte certo
Ao receber um cartão
Já entendia correto
Uma ficha preenchia
Um jornal ele já lia
O mundo tava mais perto
Mas algo ele queria
E desejava fazer
Seria naquele dia
Não podia mais conter
Iria ele, afinal
Ao cartório eleitoral
Seu nome subscrever
Queria votar, então
E decidir seu destino
Ao apertar o botão
Não se sentir tão cretino
Queria ver o seu nome
Assinar seu sobrenome
Na folha de papel fino
E assim tudo se deu
Ele se sentiu completo
Vendo ali o nome seu
E não mais "analfabeto"
Que prazer ele sentia
Ate chorou nesse dia
Olhando do piso ao teto
Mas outro desejo tinha
E queria realizar
Faria uma cartinha
Pra seu amor declarar
Diria para Helena
Sua esposa: "Pequena,
não me canso de te amá"
Queria deixar escrito
O que nunca registrou
Num texto muito bonito
Falando só de amor
Queria dizer a ela
Igual se diz na novela:
Você é a minha flor!
Mas tinha aquela vergonha
Podia parecer tolo
Tem coisa que a gente sonha
E a vida passa o rolo
Um homem da sua idade
Falar de amor e saudade
Só tendo cara de bolo
Procurou a professora
E falou do Ceará
Da seca devastadora
Que ele já viu por lá
Disse que tinha um parente
Que gostava de repente
E lhe ensinou a gostar
Disse que nas cantorias
Dos cantadô de viola
Sempre tinha uma magia
Igualzinha a da escola
As palavra vinham vindo
E os verso iam saindo
La do fundo da cachola
Falou que ouviu cordel
Ser declamado na feira
Um poeta, um menestrel
Desses sem eira nem beira
Ensinava o povo lê
Sem grande esforço fazê
Somente na gemedeira
Disse que na sua terra
Tem verso para quem qué
E que lá tem uma serra
Por nome de Assaré
Onde um poeta roceiro
O maió dos brasileiro
Mal rabiscava um papé
O poeta Patativa
Que Deus o tenha no céu
Foi uma ave nativa
Para o país um troféu
Home de pouca leitura
Mas de palavra segura
Partiu envolto num véu
A professora propôs:
Que tal você recitar
Hoje, amanhã ou depois
Do poeta popular
Um verso bem empolgado
Pra lembrar do seu passado
E também do seu lugar?
Que tal você nos trazer
Um cordel para leitura
Para a gente conhecer
Esta augusta criatura:
Patativa do Assaré
Que o mundo sabe quem é
Cheio de força e candura
Zé ficou maravilhado
E disse: Eu trago, sim
Já estou emocionado
É importante pra mim
Lê algo que me encanta
Que minha alma levanta
Obrigado, meu Padim!
E assim foi que se deu
No final daquele ano
Zé, logo que amanheceu,
Já tava fazendo plano
Mas suas pernas tremiam
Os lábios estremeciam
Era grande o desengano
No trabalho mal falou
E o companheiro sentiu
Um aperto o sufocou
Sua voz ninguém ouviu
Tava nervoso, coitado
Não se achava preparado
Pra tarefa que assumiu
Chegando em casa de volta
Da construção que fazia
A mulher viu a revolta
Pois seu olhar não mentia
E disse: Ô meu José
Onde anda a tua fé
Que é tua garantia?
Tá nervoso, acabrunhado
Porque vai se apresentá
Teu terno tá engomado
Eu já vou me arrumá
Quero vê tu recitando
Lendo um verso e comentando
Etecetera e coisa e tá
O medo se agigantava
E José não quis comer
Toda noite ele jantava
Conversava como o quê
Mas nesta noite, tadinho
Mal bebeu um bucadinho
Do chá que mandou fazê
E então todos partiram
Para a comemoração
Os colegas consentiram
Na tal apresentação
José faria a leitura
Dum cordel da criatura
Mais famosa do sertão
Na platéia a lhe sorrir
A mulher e um vizinho
Também estava ali
O servente "Seu Toninho"
Os colegas orgulhosos
Todos muito atenciosos
Para ouvir o tal versinho
Zé foi chamado e aplaudido
Mas só Deus via a aflição
Ela tava tão perdido
Quase golfa o coração
Mas mesmo assim começou
Primeiro ele explicou
Quem foi Patativa, então
Disse que foi O Poeta
Mais sagrado do nordeste
Que sempre foi sua meta
Falar do cabra da peste
E que ficou conhecido
Por ser cantado e lido
Do litoral ao agreste
Sendo assim vou recitá
Um poema conhecido
Vaca Estrela e Boi Fubá
Foi gravado e foi ouvido
Um cantô do Ceará
Em sua voz fez soá
Em tom de pranto e gemido:
I
" Seu dotô, me dê licença
Pra minha história eu contá
Se hoje eu tou na terra estranha
E é bem triste o meu pená,
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugá
Eu tinha cavalo bom,
Gostava de campeá
E todo dia aboiava
Na portêra do currá
È ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
II
Eu sou fio do Nordeste,
Não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tanjeu de lá pra cá
La eu tinha meu gadinho
Não é bom nem maginá
Minha bela Vaca Estrela
E o meu lindo Boi Fubá,
Quando era de tardezinha
Eu começava a aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela,
Ô ô ô ô Boi Fubá
III
Aquela seca medonha
Fez tudo se trapaiá;
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentá,
O sertão esturricou
Fez os açude secá
Morreu minha Vaca Estrela
Se acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha
Nunca mais pude aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
IV
E hoje, nas terras do Su
Longe no torrão natá
Quando vejo em minha frente
Uma boiada passá
As água corre dos óio
Começo logo a chorá
Me lembro da Vaca Estrela
Me lembro do Boi Fubá;
Com sodade do Nordeste
Da vontade de aboiá
Ê ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá"
Todos então aplaudiram
A leitura emocionada
Muitos ali nunca ouviram
O som de uma toada
Ficaram muito tocados
Alguns choraram calados
Naquela noite encantada
A professora Luzia
Disse: Que bela leitura
Pois antes eu não sabia
Da sua desenvoltura
É bom a gente entender
E ver um leitor nascer
Ensinando outra cultura
Vejo que muito de vós
Se desencantam ao ler
Mas cabe sempre a nós
Procurar lhes conhecer
Pois é preciso criar
Formas de estimular
E o neoleitor envolver
Com um poema matuto
Zé mostrou que sabe ler
Ler a vida, ler o mundo
Ler um texto e escrever
Se reconhecer sujeito
Ler e ficar satisfeito
Por tudo ali entender
Escolhendo a leitura
Pelo autor e pelo tema
Mostrou de forma segura
Que aprecia um poema
Que fala do que lhe toca
E emoção lhe provoca
E faz a vida amena
Eis uma boa lição
Que Zé nos deu neste dia
Sua apresentação
Causa gosto e alegria
Estimula a prosseguir
A sonhar e evoluir
Com muita fé e magia
Zé, então, agradeceu
A condição de aprendiz
E tirou do bolso seu
Um pedacinho de giz
E disse: Quero escrevê
Para meus colega lê
O que meu coração diz
Do quadro se aproximou
E rabiscou devagar
A professora notou
Que ele estava a chorar
Uma frase desenhou
Dizendo: "Eu nada sou
Sem Helena a me amar"
Uma colega foi lendo
O que José escrevia
Helena se comovendo
Falar já não conseguia
Toninho, o companheiro
Decidiu-se bem ligeiro
Que também aprenderia
Falou para os presentes:
Eu farei como José
Estamos todos contentes
Vejo agora que da pé
Vou também aprender ler
Contar, falar, escrever
E amar minha mulher
Foi muito contagiante
O momento da leitura
A partir daquele instante
Surgia nova postura
Ficando ali declarado
Brasil Alfabetizado?
Pra todos literatura!
E assim se deu então
A história de Zé Leitor
Não foi contada em vão
Aqui fala o narrador
O nosso objetivo
É dizer que sem ter livro
Não vale o que se plantou
E livro de toda cor
Livro que fale de tudo
Não só livro de doutor
Nem só livro de estudo
Livro para relaxar
Para rir, para chorar
Para cego e para mudo
Que venha livro a mão-cheia
Que venha livro de esquema
Livros fartos para a ceia
Livro de reza e poema
Livro de gente modesta
De guerra, luto e festa
De romance e de cinema
Livro para estimular
A quem aprendeu a ler
Livro para conquistar
Quem não sabia escrever
Livro para abrir a mente
Que deixe a gente contente
E que se faça entender
Que ninguém deixe de ler
Porque não pode comprar
Que o povo possa viver
Literalmente a amar
A nossa literatura
Que representa a cultura
De todo canto que há
Assim então nós teremos
Um Brasil maravilhado
Pois todos nos já sabemos
Como se deu no passado
Poucos nesta terra liam
E quanto menos sabiam
Mas fácil eram enganados
Hoje com a educação
Para jovem e adulto
Não basta terem na mão
Um livro de grande vulto
É preciso estimular
O prazer de estudar
A partir do seu reduto
Aos poucos se vai sabendo
Que somos um universo
Quando se vai conhecendo
O valor que tem um verso
Pois na terra de José
Só se bota no papé
Aquilo em que tá imerso
Literatura em geral
Deve se patrocinar
Desde a cultura oral
Á mais moderna que há
Um blog de poesia
Pra se ler com alegria
Quando já se chegou lá
Por fim, que o Zé Leitor
Possa servir de esperança
E que cada professor
Equilibre na balança
Um pouco de seu saber
E do que pode aprender
Com velho, moço e criança
Que a escola do mundo
Mostre o seu conteúdo
Pois o saber mais profundo
Não se extrai só dum canudo
Que a leitura da vida
Possa ser a preferida
Tal qual num cinema mudo
Zé Leitor é ficção
Mas há na realidade
Abrindo o coração
Se vê José de verdade
Querendo ler um cordel
Ou rabiscando um papel
No campo ou na cidade
É só abrir a janela
E ver a realidade
Nem toda historia é novela
Nem todo choro é saudade
Nem todo texto se vende
Nem toda obra se entende
Nem todo velho é de idade
Nem todo Leitor é Zé
Nem toda obra é de arte
Nem todo pé tem chulé
Nem toda pausa é enfarte
Nem sempre o tempo é perdido
Nem todo escritor é lido
Nem tudo que trinca, parte
Nem sempre a educação
Corrigiu desigualdade
Nem toda proposição
Contempla a diversidade
Nem todo alfabetizado
Lê um texto emocionado
Com amor e sinceridade
Aqui fica o meu recado
Eu que adoro cordel
Se ficou interessado
Por este simples papel
Me manda uma carta, entao
Pois ninguém escreve em vão
Quando o limite é o céu!
O que o nosso corpo silencia - Daniela Martins Lima
Daniela Martins Lima (danimartlima@yahoo.com.br)
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
texto: O que o nosso corpo silencia?
Na busca incessante de um crescimento político-econômico e solução para os diversos conflitos que marcam o individuo e a sociedade, o nosso corpo é que tem pago um alto preço.
Diante da velocidade com que as mudanças ocorrem, muitas vezes nos passam desapercebidas as verdades colocadas como universalmente válidas e as adotamos como hábitos, costumes, como se elas não tivessem origem ou memória.
Somos públicos de uma indústria cultural que torna tudo atraente e digerível. As nossas necessidades são iguais, bem como incitam o nosso comportamento em sociedade. E, para isso, simplificam os temas, esvaziam o significado e disfarçam os conflitos sociais. E o nosso corpo é comparado como objeto de produção e consumo, posse, por uma dominação que quase não se vê.
Acredito que a vigilância para estarmos dentro dos padrões de beleza, comportamento, disciplina, consumismo, agride o ser humano sobretudo porque esse tipo de agressão gera sentimentos de culpa, sofrimento e dor e interferem na subjetividade.
Afinal de contas, que corpo é esse que a sociedade procura moldar às suas necessidades e qual é o corpo que revela a verdadeira autonomia do indivíduo?
A ditadura da beleza estimula que o indivíduo fique nú, mas que seja magro, bonito e bronzeado. Seja insistente, obstinado para alcançar formas perfeitas. Que consuma em demasia, se acomode, não questione. Que a liberação da sexualidade e do corpo seja a verdadeira autonomia do indivíduo.
Mais que imposições, um olhar mais profundo, nos faz ver que o ser humano, corpo social, não tem sido considerado em sua dignidade e essência. Tem-se sacrificado princípios, evidenciando que, pessoas tem sido subestimadas e modelos suplantado o ser humano. Valores tem sido invertidos. A vida banalizada. Corpo e mente colocados em campos opostos. E ao mesmo tempo em que somos livres, somos também ameaça quando nos falta a crítica, a reflexão de como temos conduzido o nosso corpo para um viver bem, dotado de consciência do nosso papel social e agente transformador do meio em que vivemos.
Padrões não vão deixar de existir. Mas reflitamos o que é que o nosso corpo silencia. E que nessa voz que cala possa haver um gemido de dor, de fome, de exclusão, um grito de socorro para que tenha sua autonomia.
Lamentavelmente existe uma distância considerável entre o coerente e a realidade prática, no entanto, não deixe que silenciem o seu padrão mais precioso: a sua consciência.
Daniela Martins Lima. Educadora Física. Patrocínio/MG.
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
texto: O que o nosso corpo silencia?
Na busca incessante de um crescimento político-econômico e solução para os diversos conflitos que marcam o individuo e a sociedade, o nosso corpo é que tem pago um alto preço.
Diante da velocidade com que as mudanças ocorrem, muitas vezes nos passam desapercebidas as verdades colocadas como universalmente válidas e as adotamos como hábitos, costumes, como se elas não tivessem origem ou memória.
Somos públicos de uma indústria cultural que torna tudo atraente e digerível. As nossas necessidades são iguais, bem como incitam o nosso comportamento em sociedade. E, para isso, simplificam os temas, esvaziam o significado e disfarçam os conflitos sociais. E o nosso corpo é comparado como objeto de produção e consumo, posse, por uma dominação que quase não se vê.
Acredito que a vigilância para estarmos dentro dos padrões de beleza, comportamento, disciplina, consumismo, agride o ser humano sobretudo porque esse tipo de agressão gera sentimentos de culpa, sofrimento e dor e interferem na subjetividade.
Afinal de contas, que corpo é esse que a sociedade procura moldar às suas necessidades e qual é o corpo que revela a verdadeira autonomia do indivíduo?
A ditadura da beleza estimula que o indivíduo fique nú, mas que seja magro, bonito e bronzeado. Seja insistente, obstinado para alcançar formas perfeitas. Que consuma em demasia, se acomode, não questione. Que a liberação da sexualidade e do corpo seja a verdadeira autonomia do indivíduo.
Mais que imposições, um olhar mais profundo, nos faz ver que o ser humano, corpo social, não tem sido considerado em sua dignidade e essência. Tem-se sacrificado princípios, evidenciando que, pessoas tem sido subestimadas e modelos suplantado o ser humano. Valores tem sido invertidos. A vida banalizada. Corpo e mente colocados em campos opostos. E ao mesmo tempo em que somos livres, somos também ameaça quando nos falta a crítica, a reflexão de como temos conduzido o nosso corpo para um viver bem, dotado de consciência do nosso papel social e agente transformador do meio em que vivemos.
Padrões não vão deixar de existir. Mas reflitamos o que é que o nosso corpo silencia. E que nessa voz que cala possa haver um gemido de dor, de fome, de exclusão, um grito de socorro para que tenha sua autonomia.
Lamentavelmente existe uma distância considerável entre o coerente e a realidade prática, no entanto, não deixe que silenciem o seu padrão mais precioso: a sua consciência.
Daniela Martins Lima. Educadora Física. Patrocínio/MG.
Duas importantes figuras: meu "vô" e meu "vô" - *Eneida Souza Cintra
Eneida Souza Cintra (eneidasouza@uol.com.br)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: ESTÓRIAS
titulo: Duas importantes figuras: meu "vô" e meu "vô"
texto:
DUAS IMPORTANTES FIGURAS:
MEU VÔ E MEU VÔ
Sinto-me uma privilegiada: neta de duas pessoas especiais e ao mesmo tempo diametralmente opostas - ambos da mesma cidade do interior paulista.
Enquanto um deles esbanjava inteligência e distribuía conhecimento, o outro era todo carinho e dengo.
Enquanto um registrava suas idéias no jornal da cidade, o outro se atinha ao sabor da leitura.
Enquanto um, com sua sagacidade coloria seu pensamento com ironia e irreverência, o outro era cúmplice de sua própria vida com sincera intimidade.
Enquanto um deles "pulava" de cidade em cidade com mulher e filhos, o outro aprofundava raízes na terra onde nascera. O "pulador", irrequieto buscava experimentar sensações novas; o "assentado" necessitava de uma platéia para demonstrar seus dotes intelectuais conquistada no curso dos anos. Um satisfazia-se com as emoções vividas que surgiam pela exploração do desconhecido (troca de emprego, aventuras amorosas); o outro agarrava-se à rotina.
Enquanto a sisudez e seriedade acompanhava o semblante de um, o outro me ensinava a sorrir, a brincar, a amar. Eu tinha de um lado a frieza racional acompanhando um modelo de inteligência impecável, cultura exacerbada advinda de uma atitude autodidata e de outro lado, o calor extremado pois assim se colocava no mundo - bastava-lhe alimentar-se de afeto e doar ternura.
Revendo o quadro numa distância de 50 anos, sinto o quão forte foram estas referências para mim; permitiram que vivenciasse simbolicamente o binômio razão/emoção: pensar e sentir. Estas comparações levaram-me a crer ainda mais no dito da psicologia - o homem é muito mais emoção do que razão pois, enquanto meu vô materno era transparente permitindo-se ser natural e espontâneo, desejando e sendo desejável, o vô paterno com seu pseudo distanciamento, lidando aparentemente só com a razão como única fonte de vida, era movido pela vaidade que pertence ao campo emocional.
Sou privilegiada por terem sido fortes modelos durante o decorrer da minha vida cada qual a seu modo. Como somos em parte, fruto do ambiente externo, penso no quanto colaboraram para a minha formação. Causa-me tristeza ao saber o quão pouco a sociedade atual valoriza a velhice, o pouco espaço que têm dentro da própria família. O falecer, através do olhar médico muitas vezes significa soro, sangue, UTI, alimentação artificial, o prolongar de algumas horas e/ou dias. Até que ponto é benéfico? Não sei ... apenas reflito ... Meus vôs foram respeitados: morreram nas próprias camas, em suas casas; o mais racional, de acordo com a vida que escolheu para si, faleceu só; os ouvintes que o sustentavam não faziam parte de sua intimidade. O outro foi-se, rodeado das sementes que plantou: filhos e netos. Ambos puderam escolher.
Eneida Souza Cintra - Psicóloga
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: ESTÓRIAS
titulo: Duas importantes figuras: meu "vô" e meu "vô"
texto:
DUAS IMPORTANTES FIGURAS:
MEU VÔ E MEU VÔ
Sinto-me uma privilegiada: neta de duas pessoas especiais e ao mesmo tempo diametralmente opostas - ambos da mesma cidade do interior paulista.
Enquanto um deles esbanjava inteligência e distribuía conhecimento, o outro era todo carinho e dengo.
Enquanto um registrava suas idéias no jornal da cidade, o outro se atinha ao sabor da leitura.
Enquanto um, com sua sagacidade coloria seu pensamento com ironia e irreverência, o outro era cúmplice de sua própria vida com sincera intimidade.
Enquanto um deles "pulava" de cidade em cidade com mulher e filhos, o outro aprofundava raízes na terra onde nascera. O "pulador", irrequieto buscava experimentar sensações novas; o "assentado" necessitava de uma platéia para demonstrar seus dotes intelectuais conquistada no curso dos anos. Um satisfazia-se com as emoções vividas que surgiam pela exploração do desconhecido (troca de emprego, aventuras amorosas); o outro agarrava-se à rotina.
Enquanto a sisudez e seriedade acompanhava o semblante de um, o outro me ensinava a sorrir, a brincar, a amar. Eu tinha de um lado a frieza racional acompanhando um modelo de inteligência impecável, cultura exacerbada advinda de uma atitude autodidata e de outro lado, o calor extremado pois assim se colocava no mundo - bastava-lhe alimentar-se de afeto e doar ternura.
Revendo o quadro numa distância de 50 anos, sinto o quão forte foram estas referências para mim; permitiram que vivenciasse simbolicamente o binômio razão/emoção: pensar e sentir. Estas comparações levaram-me a crer ainda mais no dito da psicologia - o homem é muito mais emoção do que razão pois, enquanto meu vô materno era transparente permitindo-se ser natural e espontâneo, desejando e sendo desejável, o vô paterno com seu pseudo distanciamento, lidando aparentemente só com a razão como única fonte de vida, era movido pela vaidade que pertence ao campo emocional.
Sou privilegiada por terem sido fortes modelos durante o decorrer da minha vida cada qual a seu modo. Como somos em parte, fruto do ambiente externo, penso no quanto colaboraram para a minha formação. Causa-me tristeza ao saber o quão pouco a sociedade atual valoriza a velhice, o pouco espaço que têm dentro da própria família. O falecer, através do olhar médico muitas vezes significa soro, sangue, UTI, alimentação artificial, o prolongar de algumas horas e/ou dias. Até que ponto é benéfico? Não sei ... apenas reflito ... Meus vôs foram respeitados: morreram nas próprias camas, em suas casas; o mais racional, de acordo com a vida que escolheu para si, faleceu só; os ouvintes que o sustentavam não faziam parte de sua intimidade. O outro foi-se, rodeado das sementes que plantou: filhos e netos. Ambos puderam escolher.
Eneida Souza Cintra - Psicóloga
O "velho" como contador de histórias - * Eneida Souza Cintra
Eneida Souza Cintra (eneidasouza@uol.com.br)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
titulo: O "velho" como contador de histórias
O "VELHO" COMO CONTADOR DE HISTÓRIA: UM BENEFÍCIO PARA TODOS.
* Eneida Souza Cintra
Embora querendo me dirigir à terceira idade, começo fazendo uma retrospectiva e um paralelo entre os atuais "sessentões" e o "trintões".
Existem verdades irrefutáveis:
- aos mais velhos: todos fomos bonitinhos, mocinhos, "durinhos", magrinhos.
- aos mais jovens: todos chegarão às rugas, à calvície ou ao cabelo branco.
Durante este processo, todos passamos do riso infantil à contestação da adolescência, enfrentando o famoso conflito de gerações. Ao atingirmos a fase adulta definimos com um pouco mais de clareza nossos valores buscando dirigir a vida com maior independência.
Ultrapassada estas fases, há o preparo para a vida prática. Nesta época, é comum já estarmos em companhia de alguém que, tendo feito um trajeto semelhante conseguiu seqüestrar sentimentos afetivos, surgindo o desejo do compartilhar, inerente ao ser humano tanto biologica como psicologicamente.
No entanto, embora todos tenhamos passado por estas etapas e outros ainda o farão, noto uma grande diferença entre estas duas gerações enquanto esforço para ultrapassar estas fases que devem ser sempre muito lembradas, até exaltadas pelos mais velhos: - as universidades em menor número exigiam do candidato dedicação plena: não havia férias, feriados e fins de semana - nem todos conseguiam atingir o patamar desejado; assim, a luta pela sobrevivência começava mais cedo: antes dos dezoito anos já se trabalhava como estafeta, vendedor, optava-se pelo funcionalismo público para ser " escriturário", pequeno comerciante, etc. Absolutamente não quero dizer que tenham desaparecido estas funções; quero dizer apenas que as opções da época estavam mais voltadas a este perfil quando viam inviabilidade de uma formação acadêmmica. Não havia a possibilidade de " esticar" a adolescência.
Com todo este preâmbulo, o que quero dizer é que a responsabilidade sobre a própria vida, a busca para sair do ovo materno, a luta pela independência me parece ser mais pertinente à geração mais velha do que a atual pois não se tinha possibilidade de escolha: ou ingressava-se rapidinho no terceiro nível ou ia-se trabalhar para ajudar tanto a família como a si próprio constituindo novo núcleo.
Sobressaio isto porque não é incomum a tendência do mais velho olhar para trás e pensar naquilo que poderia ter feito e não naquilo que de fato produziu, fez, lutou. O fato de estar, algumas vezes aposentado, leva-o a viver e sentir apenas o presente ajuizando-se sem utilidade, rejeitando-se e sendo rejeitado por não mais produzir, constatação que oempurrando à um estado deprimido.
Não quero denegrir o jovem atual mas, gostaria de lembrar aos mais velhos o quanto se sobressaíram no decorrer da vida, o quanto se doaram para chegar ao sustento da família, o quanto valor existiu na luta, quantas passagens difíceis foram superadas, com que orgulho devem olhar para os descendentes sabendo-se colaboradores maiores desta juventude, mesmo estando os filhos entre aqueles que não tendo obtido o êxito esperado, mantém os pais como provedores.
Meu convite é para que todos pensem nas suas vitórias, nas suas origens, nas transformações que propiciaram na vida dos outros, na própria vida e a grande colaboração que fizeram junto à sociedade.
Colaborando com este quadro, a sociedade esquece que os benefícios que vivem no presente, deve-se ao passado construído por aqueles que estão com idade mais avançada. Ao invés de colherem informações, de exaltarem as construções feitas nos mais diversos setores e transformarem o " velho" numa escola de aprendizes, além de ignora-los,não é incomum imprimir-se um tom de menosprezo. A pouca valorização é injusta principalmente por ser regra da natureza a passagem por todas estas etapas.
Não querendo absolutamente denegrir o trabalho de historiadores (pelo contrário, exalto-os), é muito interessante ouvir as experiências vividas, é muito rico tomar conhecimento através de depoimentos de quem viveu a história com os detalhes que envolvia família, preocupações, atitudes tomadas, mudanças que precisaram acontecer mediante algum fato significativo (política, revoluções, o aparecimento da tecnologia, as transformações de hábitos sociais, etc). Poderíamos dizer que o que estudamos nos livros seriam completados com o relato oral ou com um registro " caseiro" que vem, com certeza carregado de emoção.
Treinar o ouvido atentando às informações que o idoso tem a ofertar é, não só benefício para ele que se sentirá sustentado e apoiado como também fonte riquíssima de aprendizagem podendo-se fazer paralelos entre o hoje e o ontem.
Se faz necessário enaltecer-se em relação aos anos que ultrapassaram, relembrar com satisfação do que fizeram, imprimir alegria nas conquistas, olhar o que passou carregado de satisfação.
Façamos do "velho" um grande contador de histórias! Todos teremos muito a ganhar!
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
titulo: O "velho" como contador de histórias
O "VELHO" COMO CONTADOR DE HISTÓRIA: UM BENEFÍCIO PARA TODOS.
* Eneida Souza Cintra
Embora querendo me dirigir à terceira idade, começo fazendo uma retrospectiva e um paralelo entre os atuais "sessentões" e o "trintões".
Existem verdades irrefutáveis:
- aos mais velhos: todos fomos bonitinhos, mocinhos, "durinhos", magrinhos.
- aos mais jovens: todos chegarão às rugas, à calvície ou ao cabelo branco.
Durante este processo, todos passamos do riso infantil à contestação da adolescência, enfrentando o famoso conflito de gerações. Ao atingirmos a fase adulta definimos com um pouco mais de clareza nossos valores buscando dirigir a vida com maior independência.
Ultrapassada estas fases, há o preparo para a vida prática. Nesta época, é comum já estarmos em companhia de alguém que, tendo feito um trajeto semelhante conseguiu seqüestrar sentimentos afetivos, surgindo o desejo do compartilhar, inerente ao ser humano tanto biologica como psicologicamente.
No entanto, embora todos tenhamos passado por estas etapas e outros ainda o farão, noto uma grande diferença entre estas duas gerações enquanto esforço para ultrapassar estas fases que devem ser sempre muito lembradas, até exaltadas pelos mais velhos: - as universidades em menor número exigiam do candidato dedicação plena: não havia férias, feriados e fins de semana - nem todos conseguiam atingir o patamar desejado; assim, a luta pela sobrevivência começava mais cedo: antes dos dezoito anos já se trabalhava como estafeta, vendedor, optava-se pelo funcionalismo público para ser " escriturário", pequeno comerciante, etc. Absolutamente não quero dizer que tenham desaparecido estas funções; quero dizer apenas que as opções da época estavam mais voltadas a este perfil quando viam inviabilidade de uma formação acadêmmica. Não havia a possibilidade de " esticar" a adolescência.
Com todo este preâmbulo, o que quero dizer é que a responsabilidade sobre a própria vida, a busca para sair do ovo materno, a luta pela independência me parece ser mais pertinente à geração mais velha do que a atual pois não se tinha possibilidade de escolha: ou ingressava-se rapidinho no terceiro nível ou ia-se trabalhar para ajudar tanto a família como a si próprio constituindo novo núcleo.
Sobressaio isto porque não é incomum a tendência do mais velho olhar para trás e pensar naquilo que poderia ter feito e não naquilo que de fato produziu, fez, lutou. O fato de estar, algumas vezes aposentado, leva-o a viver e sentir apenas o presente ajuizando-se sem utilidade, rejeitando-se e sendo rejeitado por não mais produzir, constatação que oempurrando à um estado deprimido.
Não quero denegrir o jovem atual mas, gostaria de lembrar aos mais velhos o quanto se sobressaíram no decorrer da vida, o quanto se doaram para chegar ao sustento da família, o quanto valor existiu na luta, quantas passagens difíceis foram superadas, com que orgulho devem olhar para os descendentes sabendo-se colaboradores maiores desta juventude, mesmo estando os filhos entre aqueles que não tendo obtido o êxito esperado, mantém os pais como provedores.
Meu convite é para que todos pensem nas suas vitórias, nas suas origens, nas transformações que propiciaram na vida dos outros, na própria vida e a grande colaboração que fizeram junto à sociedade.
Colaborando com este quadro, a sociedade esquece que os benefícios que vivem no presente, deve-se ao passado construído por aqueles que estão com idade mais avançada. Ao invés de colherem informações, de exaltarem as construções feitas nos mais diversos setores e transformarem o " velho" numa escola de aprendizes, além de ignora-los,não é incomum imprimir-se um tom de menosprezo. A pouca valorização é injusta principalmente por ser regra da natureza a passagem por todas estas etapas.
Não querendo absolutamente denegrir o trabalho de historiadores (pelo contrário, exalto-os), é muito interessante ouvir as experiências vividas, é muito rico tomar conhecimento através de depoimentos de quem viveu a história com os detalhes que envolvia família, preocupações, atitudes tomadas, mudanças que precisaram acontecer mediante algum fato significativo (política, revoluções, o aparecimento da tecnologia, as transformações de hábitos sociais, etc). Poderíamos dizer que o que estudamos nos livros seriam completados com o relato oral ou com um registro " caseiro" que vem, com certeza carregado de emoção.
Treinar o ouvido atentando às informações que o idoso tem a ofertar é, não só benefício para ele que se sentirá sustentado e apoiado como também fonte riquíssima de aprendizagem podendo-se fazer paralelos entre o hoje e o ontem.
Se faz necessário enaltecer-se em relação aos anos que ultrapassaram, relembrar com satisfação do que fizeram, imprimir alegria nas conquistas, olhar o que passou carregado de satisfação.
Façamos do "velho" um grande contador de histórias! Todos teremos muito a ganhar!
Ao idoso, minha deferência - Eneida Souza Cintra
Eneida Souza Cintra (eneidasouza@uol.com.br)
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
Ao idoso, minha deferência!!
* Eneida Souza Cintra
Deferência não só pelo que foi, pelo que constatou, como pelo que é.
Deferência pela construção histórica que lhe faz personagem.
Deferência pelas vidas que semeou, pelas marcas que deixou, pela cultura absorvida e devolvida para aqueles que com eles conviveram.
Deferência pela privilégio que apenas alguns têm de conviver com um idoso.
Temos: verdadeiros arquivos vivos precisando ser resgatados e.......desprezamos.
Temos: relatos vivos de episódios históricos vividos e ...........desconsideramos.
Temos: uma sabedoria de vida querendo ser passada e .........desvalorizamos.
Constato que o desprezo pela experiência, que o desprezo pela história de cada um, esquecendo-se de vê-los como fragmento extremamente importante para a construção da cultura, está sendo imprimido nos nossos valores morais.
Valoriza-se:
- a ansiedade que, antes de levar ao stress, desperta um comportamento competitivo, extremamente ágil - aprovado pelo atual modus vivendi
- o descartável porque vai rapidamente desocupar o lugar para outra conquista gerando alta rotatividade - aprovado pela política de consumo.
- o poder do mais forte, daquele que tem mais, daquele que ganha - aprovado pela sociedade capitalista.
Isto posto enquanto crença pessoal, trabalho sobre a possibilidade deste indivíduo se colocar novamente na sociedade como forte colaborador. Opto por esta postura tendo em vista enxergá-la como mais saudável no lugar da tentativa inocente de fazer os mais jovens modificarem suas crenças. Primeiro há que se fazer presente; a valorização virá como conseqüência.
cidade: São Paulo
estado: SP
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: OUTRAS
Ao idoso, minha deferência!!
* Eneida Souza Cintra
Deferência não só pelo que foi, pelo que constatou, como pelo que é.
Deferência pela construção histórica que lhe faz personagem.
Deferência pelas vidas que semeou, pelas marcas que deixou, pela cultura absorvida e devolvida para aqueles que com eles conviveram.
Deferência pela privilégio que apenas alguns têm de conviver com um idoso.
Temos: verdadeiros arquivos vivos precisando ser resgatados e.......desprezamos.
Temos: relatos vivos de episódios históricos vividos e ...........desconsideramos.
Temos: uma sabedoria de vida querendo ser passada e .........desvalorizamos.
Constato que o desprezo pela experiência, que o desprezo pela história de cada um, esquecendo-se de vê-los como fragmento extremamente importante para a construção da cultura, está sendo imprimido nos nossos valores morais.
Valoriza-se:
- a ansiedade que, antes de levar ao stress, desperta um comportamento competitivo, extremamente ágil - aprovado pelo atual modus vivendi
- o descartável porque vai rapidamente desocupar o lugar para outra conquista gerando alta rotatividade - aprovado pela política de consumo.
- o poder do mais forte, daquele que tem mais, daquele que ganha - aprovado pela sociedade capitalista.
Isto posto enquanto crença pessoal, trabalho sobre a possibilidade deste indivíduo se colocar novamente na sociedade como forte colaborador. Opto por esta postura tendo em vista enxergá-la como mais saudável no lugar da tentativa inocente de fazer os mais jovens modificarem suas crenças. Primeiro há que se fazer presente; a valorização virá como conseqüência.
Pássaro ferido - Daniela Martins Lima
Daniela Martins Lima (danimartlima@yahoo.com.br)
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
Pássaro ferido
texto: Da gaiola contemplava o céu
As flores no jardim
Os frutos frescos nas árvores
E a água que corria solta
Cantava ao som da regente natureza
No coral dos pássaros presos
No tenor dos assombrantes medos
No baixo da escaldante solidão
No contralto das sequentes quedas
No soprano dos vazios assovios
Cantava ao som dos aplausos da multidão
No palco das dores grades
No cenário de sol
No figurino de praxe
No monólogo das dores graves
Da gaiola contemplava e era livre
Via o céu
As flores no jardim
Os frutos frescos nas árvores
E a água que corria solta
Um dia tive calor e vi o céu
Tive fome e vi os frutos
Tive sede e vi a água
E de tanto me esforçar
Tornei-me um pássaro ferido
E do canto restou um gemido
Dos aplausos um silêncio aviso
De que na multidão não havia amigo
Estava preso, com medo, na solidão, depois das sequentes quedas e assovios vazios
O coral se desfez e no monólogo das dores
O palco se encheu de cores
E num cenário de luz
Me abriu a porta Jesus
Mudou meu figurino
Passei de pássaro ferido
A ser livre sem perigo
No coração de Deus.
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
Pássaro ferido
texto: Da gaiola contemplava o céu
As flores no jardim
Os frutos frescos nas árvores
E a água que corria solta
Cantava ao som da regente natureza
No coral dos pássaros presos
No tenor dos assombrantes medos
No baixo da escaldante solidão
No contralto das sequentes quedas
No soprano dos vazios assovios
Cantava ao som dos aplausos da multidão
No palco das dores grades
No cenário de sol
No figurino de praxe
No monólogo das dores graves
Da gaiola contemplava e era livre
Via o céu
As flores no jardim
Os frutos frescos nas árvores
E a água que corria solta
Um dia tive calor e vi o céu
Tive fome e vi os frutos
Tive sede e vi a água
E de tanto me esforçar
Tornei-me um pássaro ferido
E do canto restou um gemido
Dos aplausos um silêncio aviso
De que na multidão não havia amigo
Estava preso, com medo, na solidão, depois das sequentes quedas e assovios vazios
O coral se desfez e no monólogo das dores
O palco se encheu de cores
E num cenário de luz
Me abriu a porta Jesus
Mudou meu figurino
Passei de pássaro ferido
A ser livre sem perigo
No coração de Deus.
Amado meu - Daniela Martins Lima
Daniela Martins Lima (danimartlima@yahoo.com.br)
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Amado meu
Tudo o que eu queria era te amar
Você surgiu e não pude me conter
Parecia uma criança entre risos e lágrimas
O doce mais doce que o mel
Puro e cristalino
Sabia que um dia ia chegar prá me visitar
Mas não consegui que ficasse tão perto de mim
Não te conhecia direito
mas gostei da sua mansa companhia
Assim quando voltou tudo passou a ser mais alegre
E já não sabia o que era sonho ou realidade
Não entendia mas já te amava
Tinha saudades na lida do dia
Mas logo cantava o amor
que dentro de mim por ti gritava
Passou a ser o único e melhor de todos os amores
O mais fiel a quem mais dedicava
Não é que contigo não chorei nem sofri
Por ti de muitas coisas até desisti
Mas sabe por que?
Só por te amar
O teu amor é incomparável
Me fez a mais amada
A mais respeitada
E a mais protegida
Nunca ninguém fez tanto por mim
Chegou sem pedir nada
Não me apontou, não julgou, me esperou
E se entregou por mim
Como criança não viu em mim o que sou
Me amou, exaltou, glorificou
E por me amar se entregou
Pagou o preço, se sacrificou
Ele vive fazendo de tudo prá me agradar
E eu, eu só sei te amar
Eu vivo prá te amar
Tu és o meu caminho, a minha verdade e a minha vida
Te amo JESUS.
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Amado meu
Tudo o que eu queria era te amar
Você surgiu e não pude me conter
Parecia uma criança entre risos e lágrimas
O doce mais doce que o mel
Puro e cristalino
Sabia que um dia ia chegar prá me visitar
Mas não consegui que ficasse tão perto de mim
Não te conhecia direito
mas gostei da sua mansa companhia
Assim quando voltou tudo passou a ser mais alegre
E já não sabia o que era sonho ou realidade
Não entendia mas já te amava
Tinha saudades na lida do dia
Mas logo cantava o amor
que dentro de mim por ti gritava
Passou a ser o único e melhor de todos os amores
O mais fiel a quem mais dedicava
Não é que contigo não chorei nem sofri
Por ti de muitas coisas até desisti
Mas sabe por que?
Só por te amar
O teu amor é incomparável
Me fez a mais amada
A mais respeitada
E a mais protegida
Nunca ninguém fez tanto por mim
Chegou sem pedir nada
Não me apontou, não julgou, me esperou
E se entregou por mim
Como criança não viu em mim o que sou
Me amou, exaltou, glorificou
E por me amar se entregou
Pagou o preço, se sacrificou
Ele vive fazendo de tudo prá me agradar
E eu, eu só sei te amar
Eu vivo prá te amar
Tu és o meu caminho, a minha verdade e a minha vida
Te amo JESUS.
Eis-me aqui - Daniela Martins Lima
Daniela Martins Lima (danimartlima@yahoo.com.br)
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Eis-me aqui
texto: Sei que estás aqui ó Altíssimo
Não saberia como explicar
A razão de tanto procurar
A não ser no teu olhar
Rasguei minhas vestes
Serrei meus lábios
E pude contemplar
A mais perfeita forma de amar
Lembrei-me de TI
E só pude me entregar
Porque não há outra razão prá sonhar
Senão o de Te amar
Eis-me aqui
Amado meu
Resplandescência da manhã
Luz do mundo
Pão da vida
Alimento meu
Sacia-me até encher-me
Sara-me, renova-me
Me leva em teus braços
Sonho meu
Gesto de amor
Me abraça e me sustenta
Em tuas forte mãos
Eis-me aqui JESUS.
Daniela Martins Lima. Educadora Física/Gerontologia. Patrocínio/MG
cidade: Patrocínio
estado: MG
idade: Até 50 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Eis-me aqui
texto: Sei que estás aqui ó Altíssimo
Não saberia como explicar
A razão de tanto procurar
A não ser no teu olhar
Rasguei minhas vestes
Serrei meus lábios
E pude contemplar
A mais perfeita forma de amar
Lembrei-me de TI
E só pude me entregar
Porque não há outra razão prá sonhar
Senão o de Te amar
Eis-me aqui
Amado meu
Resplandescência da manhã
Luz do mundo
Pão da vida
Alimento meu
Sacia-me até encher-me
Sara-me, renova-me
Me leva em teus braços
Sonho meu
Gesto de amor
Me abraça e me sustenta
Em tuas forte mãos
Eis-me aqui JESUS.
Daniela Martins Lima. Educadora Física/Gerontologia. Patrocínio/MG
Amar - EleonoraE.H.M.Mascolo
EleonoraE.H.M.Mascolo (lelemascolo@ig.com.br)
cidade: Canoas
estado: RS
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: MENSAGENS
titulo: Amar
texto: Amar significa amar o que édifícil de ser amado,do contrário não será virtude alguma;perdoarsignifica perdoar o inperdoável,do contrário não será virtude alguma;fé significa
crer no inacreditável,do contrário não
será virtude.E esperar significa esperar quando já não ha esperança,do contrário não será virtude alguma.
Gilbert K.C
cidade: Canoas
estado: RS
idade: De 61 a 70 anos
sexo: feminino
categoria: MENSAGENS
titulo: Amar
texto: Amar significa amar o que édifícil de ser amado,do contrário não será virtude alguma;perdoarsignifica perdoar o inperdoável,do contrário não será virtude alguma;fé significa
crer no inacreditável,do contrário não
será virtude.E esperar significa esperar quando já não ha esperança,do contrário não será virtude alguma.
Gilbert K.C
Meu dia começa assim.. - Gloria Maria Moyses Orlando
Gloria Maria Moyses Orlando (gmary_57@yahoo.com.br)
cidade: Rio de Janeiro
estado: RJ
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Meu dia começa assim..
texto: Meus pensamentos são tristes, nesse momento em que a vida se tornou sem sentido.
Gostaria de não estar assim, mas, não consigo andar e sorrir mais.
O tempo passou tão rápido, meus filhos cresceram, a casa parece tão vazia.
Meus pensamentos até onde vão?As vezes me pergunto porque fiquei assim?
Olho em volta a solidão me trás uma pontinha de depressão.
Preciso me levantar, olhar o sol, olhar as pessoas...Simplesmente viver.
Me olhar no espelho, e, descobrir, porque ,estou assim..
Parei no tempo, no espaço, as, vezes, nem sei que dia é o de ontem , nem o de hoje.
A falta de vontade me corroe, e, nessas frases tristes, não me consolo.
Quero continuar ,tem vida aqui dentro de mim.
Não quero desistir, ainda sou nova, mesmo que não enxergue, com meus olhos..
Alguem me falou que eu estou ótima, eu não acreditei.
Meus olhos , não sabem fingir, tento até disfarçar, mas, não adianta.
Me visto lindamente ,mas, parece que não dá para me ver linda.
Os dias vão passando, e meus dias , começam assim .
O frio invade minha alma triste, tento não sentir nada, nem tristeza nem alegria.
A música se faz presente em minha existência, me alegro danço, mas, quando tudo acaba, volto a me olhar mais uma vez....
Meu dia começa hoje assim...Amanhã..
Amanhã um outro dia nascerá...
Talvez esse poema se torne apenas esse momento, vivido,e o brilho das estrelas no céu de noitinha, me façam , sonhar outra vez.
cidade: Rio de Janeiro
estado: RJ
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
categoria: POESIAS
titulo: Meu dia começa assim..
texto: Meus pensamentos são tristes, nesse momento em que a vida se tornou sem sentido.
Gostaria de não estar assim, mas, não consigo andar e sorrir mais.
O tempo passou tão rápido, meus filhos cresceram, a casa parece tão vazia.
Meus pensamentos até onde vão?As vezes me pergunto porque fiquei assim?
Olho em volta a solidão me trás uma pontinha de depressão.
Preciso me levantar, olhar o sol, olhar as pessoas...Simplesmente viver.
Me olhar no espelho, e, descobrir, porque ,estou assim..
Parei no tempo, no espaço, as, vezes, nem sei que dia é o de ontem , nem o de hoje.
A falta de vontade me corroe, e, nessas frases tristes, não me consolo.
Quero continuar ,tem vida aqui dentro de mim.
Não quero desistir, ainda sou nova, mesmo que não enxergue, com meus olhos..
Alguem me falou que eu estou ótima, eu não acreditei.
Meus olhos , não sabem fingir, tento até disfarçar, mas, não adianta.
Me visto lindamente ,mas, parece que não dá para me ver linda.
Os dias vão passando, e meus dias , começam assim .
O frio invade minha alma triste, tento não sentir nada, nem tristeza nem alegria.
A música se faz presente em minha existência, me alegro danço, mas, quando tudo acaba, volto a me olhar mais uma vez....
Meu dia começa hoje assim...Amanhã..
Amanhã um outro dia nascerá...
Talvez esse poema se torne apenas esse momento, vivido,e o brilho das estrelas no céu de noitinha, me façam , sonhar outra vez.
Labuta infantil - Suely Aparecida Schraner
suely aparecida schraner (cgestorveerios@gmail.com)
cidade: são paulo
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
texto: Labuta infantil
Por: Suely Aparecida Schraner
Menininha na olaria
Seis aninhos na soalheira
Em cima do caminhão
Ajeitando a tijoleira
Adobe quente na mão
A vida uma trabalheira
Ajuda o pai e a mãe
Passa o dia veja só
Trabalho de gente grande
Tão cansada que faz dó
De noite depois da lida
A mão uma bolha só
Labuta tanto e então
O pai lhe fala bobeira
Diz que é bom pr′uma menina
Ser também a cozinheira
′Quero isso não, paizinho′
Prefiro mais ser oleira
Dorme e sonha que um dia
Virá a fada madrinha
Salva ela desta faina
Lhe traz uma bonequinha
Ri alto, brinca e acorda
Levanta e vai pra cozinha
De volta pra olaria
Vai pensando e vai contente
Sonha ser menina grande
Ser tratada como gente
Ver o dia de findar
As agruras do batente
12 Junho dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
cidade: são paulo
estado: SP
idade: De 51 a 60 anos
sexo: feminino
texto: Labuta infantil
Por: Suely Aparecida Schraner
Menininha na olaria
Seis aninhos na soalheira
Em cima do caminhão
Ajeitando a tijoleira
Adobe quente na mão
A vida uma trabalheira
Ajuda o pai e a mãe
Passa o dia veja só
Trabalho de gente grande
Tão cansada que faz dó
De noite depois da lida
A mão uma bolha só
Labuta tanto e então
O pai lhe fala bobeira
Diz que é bom pr′uma menina
Ser também a cozinheira
′Quero isso não, paizinho′
Prefiro mais ser oleira
Dorme e sonha que um dia
Virá a fada madrinha
Salva ela desta faina
Lhe traz uma bonequinha
Ri alto, brinca e acorda
Levanta e vai pra cozinha
De volta pra olaria
Vai pensando e vai contente
Sonha ser menina grande
Ser tratada como gente
Ver o dia de findar
As agruras do batente
12 Junho dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
FUGA DA DENGUE E, DOS PERNILONGOS! - Sebastião Antônio Baracho
Sebastião Antônio Baracho (conanbaracho@uol.com.br)
cidade: Coronel Fabriciano-MG.
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
titulo: FUGA DA DENGUE E, DOS PERNILONGOS!
texto: De certo período para cá, temos sido incomodados, maleficamente, por vários insetos e mosquitos diversificados, nos causando infecções viróticas! Resultantes em febres, dores e lesões constantes e, além disso, nos prejudicando o sossego noturno com os seus zumbidos seqüentes (pernilongos).
Os Governantes têm tentado nos proteger com "fumacês" sobre as nossas propriedades e quintais que, diga-se de passagem, tem um odor horrível.
Para nos livrar das picadas dos pernilongos, cujos ruídos intermitentes, incomodam tanto quanto às suas picadas potentes, temos que nos isolar com cortinados transparentes que nos tolhem os movimentos, mas, somente diminui os ruídos Deles.
Não tendo muita escolaridade didática, sempre procurei atuar com base na minha capacidade empírica, me estribando na observação e, análise de tudo ao meu derredor, por isso, fiquei livre dos mosquitos transmissores da Dengue e, dos pernilongos, da seguinte forma:
Tenho, em minha residência, um quintal na frente, cheio de árvores frutíferas e orquídeas, ao lado esquerdo do quintal tenho um pequeno bar, que só abre nas primeiras horas da noite. Do lado direito tem uma igreja evangélica, onde às luzes, normalmente, ficam acesas durante grande parte da noite.
No quintal, tem algumas lagartixas que se alimentam dos insetos das plantas e, até de pedaços de queijos dados por mim.
Tem, também, muitos Pardais que ficam sobre as árvores e, beija-flores.
Nas minhas observações empíricas, reparei que, mesmo durante o período noturno, os Pardais ficam bicando nas telhas de amianto do bar, à procura de insetos e água das calhas, notando, igualmente, que, no Bar, tem muitos pernilongos e mosquitos da dengue, porém, em menor número do que no quintal, na minha casa residencial e, terraço.
Há us meses, passei a picar pedacinhos de pães velhos, os colocando em várias partes do meu quintal e, junto ao muro divisório com a igreja, com isso, os Pardais, atendo a assobios meus, proliferam no quintal sem nem se incomodarem com a minha presença. Dou a Eles dois pães pela manhã e, dois ao meio do dia.
Hoje, não tem um pernilongo e/ou, mosquito causador da dengue, em meu quintal e, na minha moradia, com Eles indo, apenas, ao barzinho aonde os Pardais e lagartixas não vão.
Aposentei o meu cortinado e, até os ventiladores que usava para mandar embora os mosquitos referidos.
A seguir, uma poesia de minha autoria, relativa ao texto acima:
DESEJO
EU QUERIA...
O campo verde,
A água abundante,
A mata imponente,
A mina na jusante.
Flor desabrochando
À beira do caminho,
A humanidade andando
Ao deleite do carinho!
EU QUERO...
A campina verdejante
Repleta de ninhos,
O bosque florindo,
E os passarinhos,
Flores flutuando
Na correnteza,
O homem estático
Com tanta beleza!
EU ESPERO...
A relva macia
Ao sabor do vento,
A floresta altiva
Sobre riacho lento.
Flores... Florindo!
No vergel passiva.
A humanidade sorrindo
Com bondade afetiva.
cidade: Coronel Fabriciano-MG.
estado: MG
idade: De 71 a 80 anos
titulo: FUGA DA DENGUE E, DOS PERNILONGOS!
texto: De certo período para cá, temos sido incomodados, maleficamente, por vários insetos e mosquitos diversificados, nos causando infecções viróticas! Resultantes em febres, dores e lesões constantes e, além disso, nos prejudicando o sossego noturno com os seus zumbidos seqüentes (pernilongos).
Os Governantes têm tentado nos proteger com "fumacês" sobre as nossas propriedades e quintais que, diga-se de passagem, tem um odor horrível.
Para nos livrar das picadas dos pernilongos, cujos ruídos intermitentes, incomodam tanto quanto às suas picadas potentes, temos que nos isolar com cortinados transparentes que nos tolhem os movimentos, mas, somente diminui os ruídos Deles.
Não tendo muita escolaridade didática, sempre procurei atuar com base na minha capacidade empírica, me estribando na observação e, análise de tudo ao meu derredor, por isso, fiquei livre dos mosquitos transmissores da Dengue e, dos pernilongos, da seguinte forma:
Tenho, em minha residência, um quintal na frente, cheio de árvores frutíferas e orquídeas, ao lado esquerdo do quintal tenho um pequeno bar, que só abre nas primeiras horas da noite. Do lado direito tem uma igreja evangélica, onde às luzes, normalmente, ficam acesas durante grande parte da noite.
No quintal, tem algumas lagartixas que se alimentam dos insetos das plantas e, até de pedaços de queijos dados por mim.
Tem, também, muitos Pardais que ficam sobre as árvores e, beija-flores.
Nas minhas observações empíricas, reparei que, mesmo durante o período noturno, os Pardais ficam bicando nas telhas de amianto do bar, à procura de insetos e água das calhas, notando, igualmente, que, no Bar, tem muitos pernilongos e mosquitos da dengue, porém, em menor número do que no quintal, na minha casa residencial e, terraço.
Há us meses, passei a picar pedacinhos de pães velhos, os colocando em várias partes do meu quintal e, junto ao muro divisório com a igreja, com isso, os Pardais, atendo a assobios meus, proliferam no quintal sem nem se incomodarem com a minha presença. Dou a Eles dois pães pela manhã e, dois ao meio do dia.
Hoje, não tem um pernilongo e/ou, mosquito causador da dengue, em meu quintal e, na minha moradia, com Eles indo, apenas, ao barzinho aonde os Pardais e lagartixas não vão.
Aposentei o meu cortinado e, até os ventiladores que usava para mandar embora os mosquitos referidos.
A seguir, uma poesia de minha autoria, relativa ao texto acima:
DESEJO
EU QUERIA...
O campo verde,
A água abundante,
A mata imponente,
A mina na jusante.
Flor desabrochando
À beira do caminho,
A humanidade andando
Ao deleite do carinho!
EU QUERO...
A campina verdejante
Repleta de ninhos,
O bosque florindo,
E os passarinhos,
Flores flutuando
Na correnteza,
O homem estático
Com tanta beleza!
EU ESPERO...
A relva macia
Ao sabor do vento,
A floresta altiva
Sobre riacho lento.
Flores... Florindo!
No vergel passiva.
A humanidade sorrindo
Com bondade afetiva.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
COMUNIDADE PARADÍGMA! - Sebastião Antônio Baracho
Sebastião Antônio Baracho(conanbaracho@uol.com.br)
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
titulo: COMUNIDADE PARADÍGMA!
texto: Se me fosse permitido criar uma Comunidade, com um número variável de Seres de ambos os sexos e idades diferenciadas um dos outros, com comportamento social aceitável como moderados e, com todos tendo o mesmo saber didático, estribado no Meu modesto entendimento empírico, todavia, com análise própria do meu entendimento, faria o seguinte:
> Escolheria uma área vasta, mesclada de planície, montanhas e, ribeiros com riachos intercalados, sendo afluente um dos outros.
> Construiria Moradias redondas para evitar as arestas e quinas, assim, todas as construções seriam arredondadas, inclusive, às dos animais domésticos.
> Todas as avenidas e ruas seriam de mãos únicas, com um só sentido direcional para a parte central e, vice-versa.
> Não haveria moradias de aluguel, portanto, cada residência só abrigaria uma família e, seus dependentes, na sua parte reservada para tal ocupação.
> Os Bares, Restaurantes e, análogos, só poderiam funcionar anexo à residência de moradia do proprietário, em uma subdivisão seccional da moradia.
> As Escolas e/ou, estabelecimentos didáticos. Igualmente teriam que funcionar na residência de moradia do diretor ou, na área da Prefeitura da comunidade.
> O Quartel da PM, Delegacia Policial civil, Cadeia e, Fórum, teria que se localizar na Residência do mais graduado governante (Oficial, Delegado, Juiz etc.) com, cada repartição, interligada em separado com a residência do chefe.
> Idem quanto a Bancos, Farmácias, Hospitais etc.
Nota: Na impossibilidade, às repartições públicas ficariam na área da Prefeitura da comunidade.
* O Responsável maior da Comunidade (Assemelhado a Prefeito) deveria ser eleito pela comunidade, todavia, sem eleição de Vereadores, pois, a atribuição Deles ficaria à cargo de todos os moradores, tendo o responsável à última palavra decisória.
Observação: O Responsável pela comunidade e, seus auxiliares administrativos, seriam pagos pela comunidade para efetuarem serviços necessários na região.
* Cada Proprietário seria responsável pela limpeza, calçamento etc. na frente da sua residência de moradia.
RESUMINDO: Nos moldes da explanação acima referenciada, o local de Habitação, Moradia e, Trabalho, seria um verdadeiro paraíso, pelos seguintes motivos:
- A Área é de fácil acesso com partes plana e montanhosas, riachos e ribeiros para cada um se regalar à vontade.
- As casas redondas evitam a queda imprevista do imóvel e, as colisões nas arestas.
- As artérias (Avenidas e ruas) de mão única evitariam muitos acidentes automobilísticos.
- Todos teriam uma moradia para si e, os seus dependentes.
- As moradias seriam acrescidas para o comércio etc. evitando, assim, despesas para a administração.
- Todos os moradores cuidariam do serviço de limpeza etc. desonerando a administração da coletividade.
- O Responsável só cuidaria da parte externa e, da administração interna, portanto, a Comunidade viveria no paraíso, circundada por tantas desonestidades e, absurdos que ocorrem, diuturnamente, ao seu derredor.
A Seguir, uma poesia de minha autoria (inédita);
DESEJO
EU QUERIA...
O campo verde,
A água abundante,
A mata imponente,
A mina na jusante.
Flor desabrochando
À beira do caminho,
A humanidade andando
Ao deleite do carinho!
EU QUERO...
A campina verdejante
Repleta de ninhos,
O bosque florindo,
E os passarinhos,
Flores flutuando
Na correnteza,
O homem estático
Com tanta beleza!
EU ESPERO...
A relva macia
Ao sabor do vento,
A floresta altiva
Sobre riacho lento.
Flores... Florindo!
No vergel passiva.
A humanidade sorrindo
Com bondade afetiva.
cidade: Coronel Fabriciano
estado: MG
titulo: COMUNIDADE PARADÍGMA!
texto: Se me fosse permitido criar uma Comunidade, com um número variável de Seres de ambos os sexos e idades diferenciadas um dos outros, com comportamento social aceitável como moderados e, com todos tendo o mesmo saber didático, estribado no Meu modesto entendimento empírico, todavia, com análise própria do meu entendimento, faria o seguinte:
> Escolheria uma área vasta, mesclada de planície, montanhas e, ribeiros com riachos intercalados, sendo afluente um dos outros.
> Construiria Moradias redondas para evitar as arestas e quinas, assim, todas as construções seriam arredondadas, inclusive, às dos animais domésticos.
> Todas as avenidas e ruas seriam de mãos únicas, com um só sentido direcional para a parte central e, vice-versa.
> Não haveria moradias de aluguel, portanto, cada residência só abrigaria uma família e, seus dependentes, na sua parte reservada para tal ocupação.
> Os Bares, Restaurantes e, análogos, só poderiam funcionar anexo à residência de moradia do proprietário, em uma subdivisão seccional da moradia.
> As Escolas e/ou, estabelecimentos didáticos. Igualmente teriam que funcionar na residência de moradia do diretor ou, na área da Prefeitura da comunidade.
> O Quartel da PM, Delegacia Policial civil, Cadeia e, Fórum, teria que se localizar na Residência do mais graduado governante (Oficial, Delegado, Juiz etc.) com, cada repartição, interligada em separado com a residência do chefe.
> Idem quanto a Bancos, Farmácias, Hospitais etc.
Nota: Na impossibilidade, às repartições públicas ficariam na área da Prefeitura da comunidade.
* O Responsável maior da Comunidade (Assemelhado a Prefeito) deveria ser eleito pela comunidade, todavia, sem eleição de Vereadores, pois, a atribuição Deles ficaria à cargo de todos os moradores, tendo o responsável à última palavra decisória.
Observação: O Responsável pela comunidade e, seus auxiliares administrativos, seriam pagos pela comunidade para efetuarem serviços necessários na região.
* Cada Proprietário seria responsável pela limpeza, calçamento etc. na frente da sua residência de moradia.
RESUMINDO: Nos moldes da explanação acima referenciada, o local de Habitação, Moradia e, Trabalho, seria um verdadeiro paraíso, pelos seguintes motivos:
- A Área é de fácil acesso com partes plana e montanhosas, riachos e ribeiros para cada um se regalar à vontade.
- As casas redondas evitam a queda imprevista do imóvel e, as colisões nas arestas.
- As artérias (Avenidas e ruas) de mão única evitariam muitos acidentes automobilísticos.
- Todos teriam uma moradia para si e, os seus dependentes.
- As moradias seriam acrescidas para o comércio etc. evitando, assim, despesas para a administração.
- Todos os moradores cuidariam do serviço de limpeza etc. desonerando a administração da coletividade.
- O Responsável só cuidaria da parte externa e, da administração interna, portanto, a Comunidade viveria no paraíso, circundada por tantas desonestidades e, absurdos que ocorrem, diuturnamente, ao seu derredor.
A Seguir, uma poesia de minha autoria (inédita);
DESEJO
EU QUERIA...
O campo verde,
A água abundante,
A mata imponente,
A mina na jusante.
Flor desabrochando
À beira do caminho,
A humanidade andando
Ao deleite do carinho!
EU QUERO...
A campina verdejante
Repleta de ninhos,
O bosque florindo,
E os passarinhos,
Flores flutuando
Na correnteza,
O homem estático
Com tanta beleza!
EU ESPERO...
A relva macia
Ao sabor do vento,
A floresta altiva
Sobre riacho lento.
Flores... Florindo!
No vergel passiva.
A humanidade sorrindo
Com bondade afetiva.
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