terça-feira, 22 de maio de 2012

A SÍNTESE DA VIDA HUMANA - Paulo Miranda Sarmento


A SÍNTESE DA VIDA HUMANA
        Falar sobre um assunto atual ou escrever é tão difícil, devido as interligações, que às vezes até se torna fácil, se usarmos a síntese: - Enquanto a humanidade continua caminhando em busca de novas conquistas, à medida que vai adquirindo o conhecimento aparentemente desejado, toma outros destinos, em consequência do desvirtuamento e suas reações. O que nos parece certo hoje, amanhã não o será. O herói de ontem, embora não seja o vilão de agora, vê, diante da própria realidade, o erro cometido, por ter participado de um fato no  qual se envolveu, por sua vontade ou não. Na proporção que os homens se aproximam, através das facilidades de comunicação, vão-se conhecendo, entretanto não se associam. Trocam-se gentilezas, mas as desconfianças permanecem, e os tratos nem sempre são cumpridos, ou vão, dia a dia, perdendo seu valor, pela pouca importância que lhes dão. As máquinas mais sofisticadas são inventadas, para a substituição da mão de obra ou para a obtenção de um menor custo, mas não correspondem ao anseio de quem precisa ganhar o seu meio de vida. As coisas são criadas para servirem às pessoas, entretanto, em uma inversão absurda, passamos a escravos do progresso, que nos prende, esmagando-nos como se fôssemos construtores de pirâmides, para jogar-nos no futuro indefinidamente, ornados   de joias e com a alma em prantos. Não podemos modificar a sociedade agredindo-a, pois, em função da revolta, coloca inocentes contra outros inocentes, aumentando a destruição de nossos sentimentos. Dificilmente, encontraremos soluções por medidas drásticas. Tudo depende da educação individual, do movimento de cada um. Na certeza da privação em que somos colocados, não devemos seguir a vontade dos que no levam ao agravamento do problema, aceitando o abismo como um caminho. Racionalmente, devemos selecionar o que apreciamos, não acatando o que nos querem impingir ou obrigar-nos a criar novas necessidades. Livres das imposições que nos tolhem a personalidade, devemos agir, ainda que estoicamente, em consonância aos bons hábitos que a paciência conduz, educando o sistema nervoso, e aceitando apenas o verdadeiro equilíbrio dos valores, que não só depende de quem os taxa, mas, também, de quem os admite. Encontramos inúmeros pretextos para participar de uma luta, no entanto devemos ter a exata consciência de nossos objetivos. Embora possamos atingir a uma satisfação material, veremos que, passados determinados momentos, já não nos interessa mais. Para atingir a maior grandeza, libertando-nos dos desejos inconfessáveis, devemos ter noção da renúncia daqueles que têm a vocação para atingir as verdadeiras lideranças: - agindo pacificamente para o bem estar da humanidade, unicamente pela satisfação de fazer parte do Verdadeiro Universo, onde a menor partícula participa pela intensidade de seu valor.

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